Pela primeira vez desde 1923, moradores e turistas puderam mergulhar legalmente no Rio Sena, em Paris, neste sábado, dia 5. A reabertura aconteceu quase um ano após os testes realizados durante os Jogos Olímpicos e marca um novo momento para a capital francesa, especialmente diante da onda de calor que atinge a Europa com temperaturas próximas dos 40 ºC.
Foram inauguradas três áreas seguras e gratuitas para banho, equipadas com escadas, vestiários, chuveiros e sinalização sobre a qualidade da água. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, afirmou que a iniciativa é uma resposta às mudanças climáticas e também representa um legado olímpico. A capacidade dos locais varia entre 150 e 700 pessoas.
Para viabilizar o projeto, foram investidos mais de 1,4 bilhão de euros em obras de saneamento, com sistemas que evitam o despejo de esgoto no rio. Ainda assim, em caso de fortes chuvas, há risco de contaminação, e um sistema de bandeiras indicará se o banho está autorizado. A segurança será reforçada, incluindo testes de natação obrigatórios para banhistas.
A cidade reforçou a fiscalização para evitar banhos fora das áreas permitidas e já registrou mortes por afogamento em anos anteriores. No futuro, Paris pretende ampliar os pontos de banho, inclusive nos arredores da capital e em afluentes como o rio Marne, onde quatro locais já estão liberados.