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Análise: Drones russos invadem Kiev em aparente mudança de tática

Lula: Se não houver solução com Trump, reciprocidade será aplicada em 1º/8

Centenas de drones russos voando de todas as direções atacaram Kiev na madrugada desta quinta-feira (10), em uma aparente nova tática russa.

Pelo menos duas pessoas foram mortas, incluindo uma policial de 22 anos que foi identificada pelas autoridades como Maria Dziumaha, e mais de uma dúzia ficaram feridas nos ataques, de acordo com as autoridades. Essa foi a segunda noite consecutiva de bombardeios na Ucrânia.

A Rússia tem intensificado seus ataques aéreos contra a Ucrânia nas últimas semanas, mas a última ofensiva pareceu marcar uma mudança na abordagem de Putin.

Moscou lançou 400 drones e 18 mísseis, incluindo oito balísticos e seis de cruzeiro, de acordo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Eles voavam em altitudes diferentes e atacavam de todas as direções — com alguns dos drones inicialmente contornando a capital antes de mudarem de direção e acelerarem de volta para a cidade.

 

Embora Kiev já tenha sofrido ataques de várias direções, com drones russos tentando contornar as defesas aéreas da cidade, o último bombardeio foi simultâneo.

Isso tornou a proteção dos céus da capital uma tarefa ainda mais desafiadora para as defesas aéreas ucranianas.

No entanto, a Força Aérea Ucraniana afirmou ter derrubado ou desativado 382 das 415 armas aéreas lançadas pela Rússia contra o país durante a noite, incluindo todos os mísseis balísticos e de cruzeiro.

Trata-se de um sucesso impressionante, dada a escala do ataque, especialmente considerando o acesso limitado da Ucrânia a sistemas de defesa aérea.

Noites de ataques em Kiev

Muitos moradores de Kiev passaram mais uma noite sem dormir em abrigos, ouvindo os sons de explosões e drones voando sobre suas cabeças.

Nadiya Voitsehivkya, 63, disse à CNN que seu cunhado foi levado ao hospital com ferimentos sofridos quando seu apartamento foi atingido.

“Tudo lá dentro ficou completamente destruído, e (minha irmã) escapou de roupa íntima. Ela conseguiu escapar, mas o marido não; ele foi esmagado por uma laje. A ambulância o levou embora”, disse ela, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Não sabemos para onde ir: não sei quem pode nos ajudar. Tudo lá foi queimado; não sobrou nada daquele apartamento.

• Reprodução CNN Brasil
• Reprodução CNN Brasil

Por mais aterrorizante que tenha sido a noite para os moradores de Kiev, esses enormes ataques aéreos se tornaram o novo normal para os civis ucranianos.

Na quarta-feira, a Rússia realizou seu maior ataque de drones desde o início de sua invasão em grande escala, lançando 728 drones e 13 mísseis em ataques que mataram pelo menos uma pessoa, de acordo com autoridades ucranianas.

“Isso é um claro aumento do terror pela Rússia”, disse Zelensky, acrescentando que conversaria com aliados sobre mais financiamento para drones interceptadores e defesas aéreas.

Os danos dos últimos ataques ofensivos pareceram substanciais. O Ministério da Defesa russo disse que estava mirando “empresas do complexo militar-industrial ucraniano em Kiev e infraestrutura de aeródromos militares”. Mas casas e prédios residenciais, carros, armazéns, escritórios e outros edifícios em toda a cidade foram danificados e pegaram fogo, de acordo com as autoridades municipais.

Negociações para um cessar-fogo

À medida que a Rússia intensifica a ofensiva contra cidades ucranianas, os esforços para chegar a um cessar-fogo estagnaram em grande parte.

O presidente dos EUA, Donald Trump, está cada vez mais frustrado com o líder russo, Vladimir Putin.

“Putin joga muita besteira na gente, se você quer saber a verdade”, disse Trump em uma reunião de gabinete na terça-feira. “Ele é muito gentil o tempo todo, mas acaba não tendo importância.”

Moscou minimizou as duras palavras de Trump em uma coletiva de imprensa na quarta-feira. Um porta-voz do Kremlin disse que está reagindo “com calma” às críticas de Trump a Putin. “Trump, em geral, tende a usar um estilo e expressões bastante duros”, disse Dmitry Peskov, acrescentando que Moscou espera continuar o diálogo com Washington.



Revista do Ceará e CNN

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