Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Pague Menos encerra marca Extrafarma em seis estados, mas mantém no Ceará; veja lista – Negócios

Pague Menos encerra marca Extrafarma em seis estados, mas mantém no Ceará; veja lista - Negócios

O grupo cearense Pague Menos está reduzindo, de forma gradual, as operações da Extrafarma nas regiões Norte e Nordeste, mas manterá a marca ativa no Ceará. As informações são de Jonas Marques, CEO do Grupo Pague Menos, em entrevista ao Diário do Nordeste. 

A estratégia de mercado prevê que a rede da Extrafarma continuará operando em apenas cinco estados do País, tendo sido descontinuada em outros seis. Com isso, as unidades permanecerão abertas no Acre, Bahia, Ceará, Maranhão e Pará.

O grupo Pague Menos comprou a concorrente em 2022. Apesar da redução dessas lojas, o CEO da empresa garante que não é considerada a possibilidade de um encerramento definitivo da bandeira Extrafarma, principalmente pelo fato de que, em alguns estados, ela é a principal marca farmacêutica.

“Em alguns estados, a gente extinguiu realmente a bandeira Extrafarma, mas não é plano extinguir a marca no Brasil”, ponderou Jonas, na última quinta-feira (17), durante a inauguração de uma loja da Pague Menos no Beach Park, na Região Metropolitana de Fortaleza.

“No Pará, por exemplo, não é a Pague Menos que é líder, é a Extrafarma. A Pague Menos fica em segundo, e depois vêm as demais. A gente quer aproveitar a força da marca onde faz sentido ter a marca Extrafarma”, completou.

Como está a operação da Extrafarma no Brasil 

A Extrafarma tem sede no Pará e era uma das principais redes farmacêuticas do País, e até o fim de 2022, atuava em 11 estados do País: Acre, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.

Em 2025, somente os cinco primeiros mantêm lojas abertas da marca. 

  • Estados com lojas da Extrafarma até agosto de 2022: Acre, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins;
  • Estados com lojas da Extrafarma em julho de 2025: Acre, Bahia, Ceará, Maranhão e Pará.

Estratégia permite crescimento de 30% por loja

No fim de 2024, o Grupo Pague Menos contava com 1.649 lojas, das quais 348 pertenciam à Extrafarma. Conforme o balanço financeiro da companhia referente ao quarto trimestre do ano passado, 125 unidades da rede paraense foram convertidas em Pague Menos.

“As conversões de bandeira seguem entregando alto retorno sobre o investimento, de forma que devem seguir ocorrendo ao longo de 2025”, revelou o Grupo Pague Menos no início deste ano.

Jonas Marques frisou que não se trata de venda de farmácias, e sim de “virada de bandeira: a loja dormia Extrafarma e acordava Pague Menos”. Somente com a mudança de marca, o CEO do grupo afirmou que a unidade tinha crescimento de 30% nas vendas, o que ajuda a explicar o cenário.

Segundo ele, a integração da Extrafarma com o grupo foi finalizada em dezembro de 2024, com o indicador Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegando a R$ 267 milhões, e as conversões representam um fluxo importante para o caixa da empresa.

Legenda:
Extrafarma já figurou entre as seis maiores farmácias do Brasil

Foto:
Camila Lima/Diário do Nordeste

A compra da rede paraense pela empresa cearense foi consumada em agosto de 2022 por R$ 700 milhões. Em 2023, no ano seguinte à aquisição, a Extrafarma encerrou com 355 lojas, queda de 5,6% (o equivalente a 21 lojas) em comparação com o fim do ano anterior.

A Pague Menos, por sua vez, observou um leve aumento, de 0,6%, no número de unidades (de 1270 para 1277). Na ocasião, grupo encerrou 2023 com 1632 estabelecimentos no Brasil. 

Embora a redução expressiva no número de lojas da Extrafarma seja visível no mercado — e feita organicamente — Jonas Marques registra que não interessa ao grupo perder lojas de ambas as bandeiras, como acontece em cidades como Fortaleza.

“Às vezes tem uma loja Pague Menos colada em uma loja Extrafarma. Como vai virar essa bandeira? Não tem como. Ou faço uma loja só, ou não tem nenhuma vantagem ter duas lojas a menos de 10 metros. No Ceará a gente ainda tem algumas Extrafarma, mas viramos praticamente a maioria em Pague Menos. Algumas vão permanecer Extrafarma”, disse Jonas Marques.

Plano de expansão para 2025 

Foto que contém interior das farmácias Pague Menos no Beach Park

Legenda:
Pague Menos do Beach Park aposta em conveniência e em serviços ambulatoriais

Foto:
Pague Menos/Divulgação

No dia da inauguração da unidade no Beach Park, a Pague Menos abriu também uma loja em Caruaru (PE). Após um primeiro semestre de recuperação de lucros na comparação com o mesmo período de 2024, Jonas Marques comentou sobre o processo de inaugurações da empresa.

“Estamos em linha com o que prometemos nessa primeira metade do ano. Já abrimos quase a metade e vamos continuar abrindo até completar as 50. Temos feito um trabalho muito grande sobre o retorno das lojas maduras. O resultado do primeiro trimestre, nas vendas de mesmas lojas, foi de mais de 17%. A gente tem que garantir que as lojas já existentes, maduras, tenham muito mais clientes, comprando mais e vindo mais vezes”, afirmou o CEO.

Essa estratégia de aberturas do grupo é nacional, como frisou Jonas Marques, mas passa por uma consolidação ainda maior no Nordeste e no Centro-Oeste. Até o fim de março de 2025, a empresa contava com 1.023 lojas em nove estados nordestinos, além de 112 unidades na outra região, totalizando 68,5% de todos os estabelecimentos da companhia.

“Essas 50 lojas serão abertas no Brasil todo, mas temos uma força muito grande no Nordeste. Temos 22% de market share no Nordeste para as ações de mercado. Uma das posições da gente é defender essa liderança absoluta, então muitas dessas lojas também foram na nossa região. A gente acha que tem espaço ainda para abrir”, avaliou.

“O papel de abrir uma farmácia não é só econômico. Óbvio que os econômicos têm que fechar a conta, mas teve caso desse ano de abrirmos uma loja numa cidade que não tem nenhuma farmácia de rede, só locais”, completou o CEO da empresa.

Com um mercado cada vez mais repleto de farmácias e com a concorrência crescentes de outras redes, como a paulista RaiaDrogasil, Jonas Marques ressaltou o mercado de conveniência, com maior presença dentro das lojas. Apesar de representar uma fatia menor frente aos medicamentos — aproximadamente 30% — a conveniência diversifica o mix de produtos das unidades.

“Cerca de 70% do nosso negócio é medicamento. Dentro dos 30% de não medicamento, tem a conveniência representa muito pouco para a farmácia, mas completa a cesta de um cliente. Chega uma pessoa na farmácia que quer tomar o remédio na hora. A maioria das farmácias não vende água e bebidas prontas, a gente vende”, salientou. 



Secretaria da Cultura

Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *