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Derrite recusa apoio da PF para investigar assassinato de ex-delegado

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O Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), agradeceu, mas recusou o apoio da Polícia Federal para ajudar nas investigações sobre o assassinato do ex-delegado geral Ruy Ferraz Fontes. A declaração foi dada na saída do velório de Ruy, na manhã desta terça-feira (16), na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Ao ser indagado sobre a possível ajuda da PF, após Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, se colocar à disposição para auxiliar no caso, o secretário afirmou que confia completamente no trabalho da Polícia Civil do Estado.

Agradecemos o apoio da Polícia Federal, porém, no momento, todo o aparato do Estado é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária. Tanto é que, em pouquíssimas horas, o primeiro indivíduo já foi identificado. Nós vamos continuar realizando esse trabalho.

Guilherme Derrite

Apesar da recusa, Derrite afirmou que se o orgão federal tiver alguma informação, ela será aceita. Entretanto, à frente das investigações será tomada pela polícia de São Paulo.

“Se eles tiverem alguma informação e quiserem colaborar, obviamente vai ser bem aceito. Nosso objetivo é prender os criminosos. Todos nós estamos desprovidos de qualquer eventual vaidade, porque nós somos policiais e polícia é um órgão de estado, não é órgão de governo”, ressaltou. 

Investigações

Ao todo, dois suspeitos já foram identificados. O secretário afirmou que a prisão temporária deles será pedida. No entanto, durante a coletiva informou que não poderia fornecer os nomes, para não atrapalhar a investigação.

“Já identificamos um segundo indivíduo que participou do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes, após um trabalho de perícia no local. Vamos solicitar a prisão temporária dos dois já identificados”, afirmou Derrite.

O outro suspeito, que foi identificado primeiro pela polícia, seria um indivíduo com outras passagens pela polícia. O secretário afirmou ainda que por este motivo o caso é ainda mais revoltante. 

“Todos que participaram desse ataque que aconteceu ao Dr. Rui, serão punidos”, finalizou.

Imagens da câmera de segurança registraram o momento em que os criminosos armados com fuzis agiram contra o ex-delegado. Derrite explicou que todos os departamentos da polícia estão empenhados para desvendar quem são esses criminosos.

“Nós temos diretamente envolvidos o DHPP, o DEIC. Os policiais estão nas ruas desde ontem [segunda], desde o horário que nós soubemos do assassinato. Eles não pararam de trabalhar e não vão parar de trabalhar”, afirmou. 

Ao ser perguntado sobre a possível atuação do crime organizado na execução do ex-delegado, o secretário afirmou que “não se pode descartar uma retaliação” e que precisa ser considerado a “atuação dele secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande”.

“Hipóteses estão sendo colocadas na mesa”, concluiu.

Execução

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo foi assassinado a tiros na noite desta segunda-feira (15), em Praia Grande, no Litoral paulista.

Segundo as informações, ao tentar fugir, o carro da vítima foi atingido por um ônibus e capotou. Em seguida, os criminosos se aproximaram e realizaram a execução. Após o crime, os suspeitos fugiram.

Já o veículo utilizado pelos homens que mataram o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, foi encontrado incendiado após o crime. Outras duas pessoas ficaram feridas durante a ação.

A corporação confirmou que o ex-delegado não resistiu aos ferimentos após o ataque. Ruy Ferraz Fontes ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Ele atuava contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e era considerado um dos principais inimigos do crime organizado.



Revista do Ceará e CNN

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