Tóquio (Japão). A Amazon pretende firmar novas parcerias com mais de 130 pequenos negócios do Ceará, como parte de seu plano de expansão do programa Amazon Hub.
Lançado há poucos meses no Estado, o projeto já está em franca aceleração, somando mais de 50 empresas ativas, número que deve crescer rapidamente. O modelo permite que pequenas e médias empresas (PMES) se cadastrem para realizar entregas de produtos vendidos pela Amazon em suas respectivas áreas de atuação, sem necessidade de investimento adicional. Com o serviço logístico, as associadas podem obter renda extra e fortalecer seus caixas.
Em oito estados e no Distrito Federal, há oportunidades para 1,9 mil negócios fazerem parte do programa, que permite à gigante do e-commerce ampliar sua rede de entregas e penetrar áreas onde há gargalos no acesso. O hub já gerou uma redução de 5 para 2 dias em diversas regiões. Em algumas, o tempo foi enxugado para um dia.
Esse foi apenas um de uma série de anúncios realizados pela empresa no Delivering The Future, em Tóquio, no Japão, evento no qual a Amazon comunicou à imprensa internacional novas operações e marcos atingidos. O Diário do Nordeste foi um dos quatro veículos convidados da América Latina.
Como funciona o Amazon Hub
Para integrar o programa, os pequenos negócios – cujo perfil inclui lojas, minimercados, floriculturas e até oficinas – devem ter estrutura para armazenar temporariamente os pacotes e disponibilidade para efetuar entregas no horário comercial.
A Amazon fornece os pacotes pela manhã, com volume diário entre 20 e 40 unidades, e as entregas podem ocorrer até sete dias por semana, conforme a operação do parceiro.
“Nossa visão de longo prazo é criar uma rede logística robusta e eficiente que conecte até as áreas mais remotas do Brasil, promovendo o acesso a uma ampla seleção de produtos. Ao trabalhar lado a lado com empreendedores locais e transportadoras, estamos construindo um ecossistema que beneficia consumidores, parceiros e comunidades”, comenta Ricardo Pagani, líder de operações da Amazon Brasil.
O Brasil foi eleito globalmente pela companhia como um dos locais mais estratégicos para alavancagem de vendas nos próximos anos. A avaliação é que o mercado nacional possui ampla margem para crescimento, enquanto outras praças já atingiram um nível de maturidade superior.
Papel do Ceará é estratégico
Nesse contexto, o Nordeste deve ter papel crucial, com o Ceará desempenhando protagonismo regional em meio ao acirramento da disputa por clientes com players como Mercado Livre e Shopee, por exemplo.
Nos últimos anos, a Amazon injetou mais de R$ 470 milhões na economia do Estado, empregando mais de 700 pessoas direta e indiretamente. Além do Centro de Distribuição, localizado em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, a empresa detém outro 9 polos logísticos no Ceará.
Também neste ano, a varejista estreou a opção de pontos para retirada de produtos em Fortaleza, uma alternativa para consumidores que enfrentam dificuldades para receber produtos em casa. As novidades reforçam que a empresa busca ganhar capilaridade em um setor em que cada minuto importa.
*O jornalista viajou a convite da Amazon Brasil.