A equipe do #AstroMiniBR em parceria com o TecMundo, te atualizam com as novidades mais relevantes e curiosas sobre o nosso universo. Confira!
1. Uma nova missão da NASA vem aí!
A NASA está prestes a lançar uma missão inovadora chamada PUNCH (Polarimeter to Unify the Corona and Heliosphere), que visa estudar a relação entre a coroa solar e o vento solar. A missão será lançada em 27 de fevereiro de 2025, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, e contará com quatro satélites que irão estudar a heliosfera, a região ao redor do Sol formada pelo vento solar.

O objetivo principal da missão é entender como a coroa solar se transforma no vento solar e como essa conexão forma a heliosfera, uma espécie de “bolha” que envolve todo o nosso sistema solar. Essa pesquisa tem implicações significativas, especialmente na previsão de eventos de clima espacial que afetam a Terra, como auroras e possíveis impactos nas redes elétricas.
A missão PUNCH utilizará seus satélites em posições de órbitas de baixa altitude ao redor da Terra. Essa configuração permitirá que os satélites realizem observações detalhadas da coroa solar e do vento solar, com uma perspectiva mais próxima do que as missões anteriores. Além disso, os satélites poderão obter dados de diferentes pontos, melhorando a cobertura e a resolução das imagens em 3D da heliosfera.
2. Quanto tempo um fóton leva para sair do Sol?
A luz que vemos do Sol começa sua jornada no núcleo, onde a fusão nuclear transforma hidrogênio em hélio, liberando uma enorme quantidade de energia na forma de fótons de alta energia, principalmente raios gama. No entanto, esses fótons não viajam diretamente para o espaço.
O interior do Sol é tão denso que, ao serem emitidos, os fótons colidem repetidamente com partículas de plasma, sendo absorvidos e reemitidos em direções aleatórias. Esse processo de “caminho aleatório” faz com que um fóton demore, em média, entre 10 mil e 200 mil anos para percorrer os cerca de 700 mil quilômetros que separam o núcleo da superfície do Sol.
imagina você, fã da Madonna, desce na estação de metrô em Copacabana e quer chegar ao palco…
essa é a dificuldade que um fóton produzido no interior do Sol passa para chegar até nós. do núcleo solar, até a sua superfície, um fóton leva ~170 mil de anos*!!! #AstroMiniBR pic.twitter.com/nE8hnT70hD— yanna martins franco (@martins_yanna) May 3, 2024
À medida que os fótons viajam para fora, atravessam diferentes camadas do Sol, como a zona radiativa e a zona convectiva. Na zona radiativa, que se estende por aproximadamente 70% do raio solar, a energia ainda se propaga lentamente por radiação, com os fótons sendo continuamente absorvidos e reemitidos. Já na zona convectiva, mais próxima da superfície, o transporte de energia se torna mais eficiente.
Nessa região, colunas de gás quente sobem enquanto material mais frio desce, criando enormes células de convecção que aceleram a transferência de calor para a superfície, a fotosfera.
Quando os fótons alcançam finalmente a fotosfera, eles escapam para o espaço e viajam a incríveis 300 mil km/s até chegarem à Terra, um trajeto que leva apenas cerca de 8 minutos. No entanto, a radiação que inicialmente era composta por raios gama foi transformada em fótons de menor energia, principalmente luz visível, devido às inúmeras interações que ocorreram no interior do Sol.
Assim, a luz solar que ilumina nosso planeta hoje pode ter começado sua jornada há milhares de anos, tornando cada raio de Sol que chega à Terra uma relíquia da longa e complexa dinâmica do interior solar.
3. A “Galáxia do Alvo” observada pelo Hubble
O Telescópio Espacial Hubble capturou uma imagem impressionante de uma galáxia com um padrão que lembra um alvo, chamada LEDA 1313424, que é duas vezes e meia maior que a Via Láctea e possui nove anéis.
Essa formação foi causada por uma colisão cósmica ocorrida há 50 milhões de anos, quando uma galáxia anã azul atravessou o centro da LEDA 1313424, deixando anéis de estrelas no caminho, como ondas formadas por uma pedra lançada na água.

Esse evento é raro, pois as colisões galácticas ocorrem com frequência no universo, mas é incomum uma galáxia passar diretamente pelo centro de outra. Além dos oito anéis visíveis na imagem, dados do Observatório Keck sugerem a existência de um nono anel, ainda mais distante. A passagem da galáxia anã também causou a formação de novas estrelas, impulsionadas pela interação entre gás e poeira.
Este fenômeno confirma previsões feitas por modelos computacionais que indicavam que os anéis se expandem a partir do ponto de colisão. Os cientistas estão entusiasmados com a descoberta, que também permitirá melhorar os modelos de simulação de colisões galácticas, com a esperança de que o telescópio Nancy Grace Roman da NASA encontre mais galáxias com eventos semelhantes no futuro.
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