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Beleza, autoestima e sociedade: como o mercado da estética impacta a vida de milhões de brasileiras

O Brasil ocupa posição de destaque mundial quando o assunto é beleza. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o país é o quarto maior mercado do setor no mundo, movimentando mais de R$ 130 bilhões anuais e ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.

O impacto desse segmento, no entanto, vai muito além da economia: está diretamente relacionado ao bem-estar, à autoestima e à forma como milhões de mulheres se percebem e se apresentam na sociedade.

No cotidiano, o salão de beleza não é apenas um espaço de estética. Ele se tornou também um lugar de acolhimento, de troca e de reconstrução da identidade. Especialmente para mulheres que enfrentam problemas como alopecia, queda capilar pós-tratamentos médicos ou baixa autoestima, os procedimentos estéticos, como o mega hair, representam muito mais do que uma mudança no visual: significam resgate da confiança e do sentimento de pertencimento.

A cabeleireira e especialista em extensões capilares Karina Simões de Souza Vieira, com 15 anos de experiência e atuação no Brasil e nos Estados Unidos, confirma essa realidade. “A beleza é muito mais do que aparência. Quando uma mulher recupera a imagem que deseja ver no espelho, ela retoma também sua força emocional e a confiança para se posicionar no mundo. Isso reflete na vida pessoal, nas relações e até nas oportunidades profissionais”, afirma.

Karina Simões de Souza Vieira

O impacto social do setor também é expressivo. Durante a pandemia, por exemplo, o aumento da queda capilar provocado pela Covid-19 levou milhares de mulheres a buscar soluções estéticas como o mega hair. Para muitas, esse foi o primeiro passo em um processo de autocuidado que se estendeu para outras áreas da vida. A estética, nesse sentido, atua como gatilho de transformação pessoal e social.

Além da dimensão individual, o setor da beleza é um dos principais empregadores do país. São milhões de profissionais entre cabeleireiros, manicures, esteticistas e maquiadores, sustentando uma cadeia produtiva que vai do comércio de insumos à exportação de técnicas brasileiras. Estima-se que o mercado informal represente quase 50% da mão de obra, o que mostra tanto a força quanto a necessidade de políticas públicas que valorizem e formalizem o setor.

Karina, que desenvolveu técnica própria de mega hair e hoje atende também no mercado internacional, ressalta que a profissionalização é o caminho para o crescimento sustentável. “A estética é uma potência nacional, mas para que essa força se traduza em melhores condições de vida para profissionais e clientes, é preciso investir em formação, inovação e valorização do setor”, explica.

O mercado da beleza, portanto, não é apenas um segmento econômico de alto faturamento: é também um campo de impacto social, cultural e emocional. Ele influencia diretamente a forma como as mulheres brasileiras se relacionam consigo mesmas, como se inserem no mercado de trabalho e como constroem sua identidade em uma sociedade cada vez mais visual e conectada.

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