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Cantor gospel ia para encontro de jovens da igreja quando foi baleado

Ao notar embriaguez de juiz, mulher que estava nua no colo tentou assumir volante

O cantor gospel João Igor foi baleado por um policial militar na quarta-feira (30), no Terminal da Barra Funda, na capital paulista. Segundo a advogada Aline Sousa, que defende o músico, João Igor e o irmão estavam a caminho de Bauru, no interior de São Paulo, para participar de um evento de jovens de uma igreja que duraria três dias.

Segundo a defesa do cantor, dos quatro disparos efetuados pelo policial militar, três atingiram o músico.

Uma bala passou de raspão na mão de João, a outra atravessou a perna do cantor, que está com ferimento aberto, em carne viva, e um terceiro projétil entrou pelo antebraço e parou no cotovelo

“A bala está alojada no cotovelo do João. O que o médico disse na primeira consulta é que parte do braço dele está toda estilhaçada, só o cotovelo está preservado. O risco é, no meio da cirurgia, pegar algum nervo e o João perder os movimentos”, explica a advogada do cantor, Aline Sousa.

Agora, João Igor espera uma segunda opinião médica para decidir se realiza ou não a cirurgia de retirada do projétil do cotovelo.

A advogada afirma que João Igor está em casa, em Itaquaquecetuba, no interior de São Paulo. Ele mora com o irmão, que também foi abordado pelo policial na última quarta-feira.

Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informa que “a PM foi acionada após o policial, que havia embarcado no ônibus com destino a Bauru, perceber cheiro de maconha vindo da bagagem de dois passageiros”.

A defesa de João Igor alega que as malas dos irmãos estavam no bagageiro do ônibus.

Também segundo a SSP, “o outro passageiro não se feriu e foi encontrada na sua bolsa substância com características semelhantes à maconha”. A advogada Aline Sousa afirma que o irmão de João Igor foi levado para a delegacia, mas detido por “resistência”.

“Existem vários crimes relacionados: abuso de autoridade, tentativa de homicídio e disparo de arma de fogo em local público. O estado precisa ser responsabilizado tanto materialmente, quanto moralmente”, afirma a advogada, que entrará contra o estado após a conclusão do inquérito.

Relembre o caso

João Igor foi baleado por um policial militar no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na zona Oeste de São Paulo, na última quarta-feira (30).

Vídeos que circulam nas redes mostram dois homens caídos no chão. A CNN apurou que a confusão iniciou em um ônibus, onde o PM, que estava como passageiro, identificou que dois outros passageiros portavam maconha.

O policial abordou os suspeitos ainda dentro do coletivo. Após uma discussão, os três desceram do veículo. Já do lado de fora, um dos homens teria tentado tomar a arma do agente, que reagiu e efetuou disparos.

João Igor foi baleado e socorrido para a Santa Casa de Misericórdia, na região central da capital paulista. O ônibus seguiria viagem para a cidade de Marília, no interior de São Paulo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que as polícias Civil e Militar investigam a abordagem feita. Leia abaixo:

“As polícias Civil e Militar investigam uma abordagem ocorrida na tarde de quarta-feira (30) em um ônibus rodoviário, no terminal rodoviário da Barra Funda, que resultou em um policial militar e um homem de 26 anos feridos. A PM foi acionada após o policial, que havia embarcado no ônibus com destino a Bauru, perceber cheiro de maconha vindo da bagagem de dois passageiros. Durante a abordagem, os suspeitos entraram em luta corporal com o agente, e os três caíram da escada do veículo. Nesse momento, houve disparo da arma do policial, que atingiu um dos homens. Ele foi socorrido ao Pronto-Socorro da Santa Casa. O policial sofreu ferimentos na mão e recebeu atendimento na UPA da Lapa. O outro passageiro não se feriu e foi encontrada na sua bolsa substância com características semelhantes à maconha. Foram solicitados exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa) como resistência, lesão corporal decorrente de intervenção policial, lesão corporal e localização/apreensão de objeto”.



Revista do Ceará e CNN

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