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Ciclone atinge São Paulo e causa grandes estragos no estado; confira

Ciclone atinge São Paulo e causa grandes estragos no estado; confira

A passagem de um ciclone extratropical provocou fortes rajadas de vento em várias cidades paulistas. Na capital, a estação da Lapa registrou 98 km/h — a maior do Estado. Congonhas teve 96,3 km/h e Bertioga, 91,1 km/h.

As condições climáticas causaram danos à rede elétrica e lentidão no trânsito. Na segunda-feira (9), São Paulo registrou quase 1.500 km de congestionamento ao longo da tarde, o maior índice do ano. Até esta quarta-feira, foram abertos 1.327 chamados para quedas de árvores e cinco para enchentes.

Em Campos do Jordão, um homem morreu após o deslizamento de um imóvel, nesta quarta-feira (10).

Quatro pessoas ficaram levemente feridas em diferentes ocorrências envolvendo galhos e árvores caídas — um motociclista na Cachoeirinha, uma funcionária de escola em Santana, um ocupante de veículo na Lapa e uma idosa na região da República.

Mais de 2,2 milhões de consumidores da Região Metropolitana ficaram sem energia, segundo balanço da Enel. A ventania também provocou cancelamentos de voos, desmoronamentos e até o fechamento de parques por toda a região.

Morte em Campos do Jordão

A Defesa Civil de São Paulo confirmou a morte de um morador após o deslizamento de um imóvel em Campos do Jordão nesta quarta-feira (10). A vítima foi encontrada sob os escombros depois do acidente, registrado durante o forte temporal que atingiu o Estado.

De acordo com o órgão, três casas vizinhas foram interditadas preventivamente devido ao risco de novos deslizamentos e de colapso estrutural. Ao todo, oito moradores ficaram desabrigados e estão sendo atendidos pela prefeitura e encaminhados a abrigos municipais. Equipes seguem monitorando a área.

Campos do Jordão registrou 60 mm de acumulado de chuva nas últimas 24 horas, segundo a Defesa Civil. As rajadas de vento no município chegaram a 52,6 km/h.

Queda de energia

As rajadas de ventos que passaram de 90 km/h deixaram aproximadamente 2,2 milhões de clientes sem luz no estado de São Paulo nesta quarta-feira (10). É o recorde do ano.

Em balanço divulgado pela Enel, só na capital paulista mais de 1 milhão de pessoas foram afetadas pela queda de energia, que equivale a 23% da cidade.

Sete cidades possuem mais de 40% dos consumidores com o serviço interrompido. No ranking divulgado, o município mais afetado é Emgu-Guaçu, com 100% sem energia. A cidade de São Lourenço da Serra tem 90,11% dos clientes sem luz. Já a terceira área mais afetada é Pirapora Do Bom Jesus, com 83,45%.

“A Enel Distribuição São Paulo informa que a área de concessão segue sendo afetada por fortes rajadas de vento desde a madrugada, com a entrada de um ciclone extratropical pelo Sul do País. Por causa dos ventos, em alguns pontos a rede elétrica é atingida por objetos e galhos, o que prejudica o fornecimento, além da queda de árvores”, disse a empresa em nota.

Ao menos 198 voos foram afetados

As rajadas de vento que passaram de 90 km/h provocaram alterações de rota, atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos de São Paulo nesta quarta-feira (10). Por segurança, pousos e decolagens chegaram a ser suspensos, principalmente no início da manhã.

Somando os Aeroportos de Congonhas e Guarulhos, 198 voos foram afetados por conta do forte vendaval.

Segundo a Aena, 80 chegadas e 87 partidas foram canceladas. Já de acordo com a GRU Airport, 31 aeronaves com destino a Guarulhos foram alternadas para outros aeroportos.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), os ventos fortes foram causados por um ciclone extratropical nas regiões Sul, Centro-oeste e Sudeste e que chegou a provocar alerta meteorológico em 9 estados. A expectativa é de que as condições melhorem apenas nos próximos dias.

Em nota, a Aena afirmou que, apesar do transtorno, o Aeroporto de Congonhas já opera normalmente nesta tarde.

“A Aena informa que o Aeroporto de Congonhas opera normalmente nesta quarta-feira (10), estando aberto para receber pousos e decolagens. Ainda assim, por decisões operacionais das companhias aéreas por causa dos ventos fortes com rajadas de mais de 90 km/h, determinação do controle de tráfego aéreo e ajustes da malha aérea das empresas, houve 50 chegadas e 71 partidas canceladas até às 17h30. A Aena recomenda que os passageiros com viagens programadas entrem em contato com as companhias aéreas para saber a situação do seu voo.”

A GRU Airport informa que as operações no Aeroporto Internacional de São Paulo foram impactadas pelas fortes rajadas de vento, mas às 16h20, com a melhoria das condições climáticas, as operações de chegada começaram a ser normalizadas.

Queda de árvores

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 1.327 chamados para quedas de árvore na capital e Grande São Paulo entre 00h e 19h40.

Um dos troncos caídos afetou a porta da Japan House, casa de exposições de cultura japonesa, localizada na Avenida Paulista. Em um comunicado publicado nas redes sociais, o estabelecimento informou que as atividades previstas foram canceladas e que já toma providências para a normalização.

Organização diz que atua o mais rápido possível para a normalização • Reprodução/Telma Shiraishi/Instagram
Organização diz que atua o mais rápido possível para a normalização • Reprodução/Telma Shiraishi/Instagram

Linhas de transporte afetadas

A forte ventania causada pelo ciclone extratropical que atingiu diversas regiões do país provocou interrupções e atrasos em diferentes linhas de transporte na capital do estado São Paulo nesta quarta-feira (10). Esse transtorno foi causado por diversas quedas de árvores.

Uma dessas quedas afetou a Linha 9-Esmeralda, entre Santo Amaro e João Dias, que segue com operação por via única e intervalos maiores: “As equipes da concessionária atuam no local para normalizar a circulação o mais breve possível”, diz o comunicado da Vila Mobilidade.

Já a linha 10-Turquesa operou com falhas após a queda de cabo provocar falha na rede de energia que alimenta o sistema de sinalização na região de Mauá. Entre 11h18 e 16h30, os intervalos aumentaram e ainda não foram normalizadas. A circulação na estação Capuava foi retomada às 14h28, nos dois sentidos.

“A circulação da Linha 10-Turquesa está em processo de normalização”, informou, em nota, a CPTM. E a ViaMobilidade informou que a operação da Linha 9-Esmeralda voltou ao normal a partir das 16h07.

Cratera na Rod. Castello Branco

Uma cratera se abriu na Rodovia Castello Branco (SP-280) após o forte temporal que atingiu São Paulo nesta quarta-feira (10). Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Barueri, houve afundamento de pista na alça de acesso do km 23, sentido capital, que precisou ser totalmente interditada por segurança.

Todos os motoristas estão sendo desviados para o acesso do km 22. Equipes da prefeitura e técnicos da rodovia trabalham na sinalização e na avaliação da estrutura antes do início do reparo. Ainda não há previsão de liberação.

Posto de gasolina destruído

A cobertura de um posto de gasolina foi derrubada com a ventania, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na tarde desta quarta-feira (10).

O posto fica na Avenida Taboão, e ficou destruído.

Posto de gasolina foi destruído em São Bernardo do Campo • Reprodução
Posto de gasolina foi destruído em São Bernardo do Campo • Reprodução

Teto desaba FEA-USP

O teto de uma área da FEA-USP (Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo) também desabou depois da tempestade de granizo e fortes ventos. Janelas do saguão da faculdade também foram quebradas.

De acordo com a USP, placas do forro e os vidros dos corredores da fachada da FEA foram danificados na chuva.

A administração da faculdade afirmou que atua para a adoção das medidas de segurança necessárias e a reorganização das atividades afetadas.

A USP orientou, ainda, que os frequentadores do local utilizem as escadas como medida preventiva de segurança e informou que a rampa está temporariamente interditada por conta dos estragos causados pela chuva.

O forro do saguão e parte das janelas foram danificados • Reprodução/USP
O forro do saguão e parte das janelas foram danificados • Reprodução/USP

Teto desaba em academia

O teto de uma academia localizada na Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, região do ABC Paulista, desabou e deixou duas pessoas feridas.

De acordo com a Defesa Civil do estado, as vítimas tiveram ferimentos leves e foram socorridas ao pronto-socorro pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil compareceu no local, realizou vistorias prévias e o estabelecimento foi totalmente interditado.

Um vídeo mostra como ficou a academia após o desabamento. Nas imagens, é possível ver vidros do teto estilhaçados e caídos na piscina do local. Ferragens também aparecem espalhadas pelo estabelecimento.

Em nota publicada nas redes sociais, a academia Inova disse que prestou apoio a todos os envolvidos na ocasião. Além disso, informou que “devido ao ocorrido, todas as atividades estão suspensas temporariamente”.

O teto de uma academia desabou em São Caetano do Sul, região do ABC Paulista • Reprodução
O teto de uma academia desabou em São Caetano do Sul, região do ABC Paulista • Reprodução

Muro cai na Penha

Outra ocorrência registrada foi a queda de um muro na Rua Rincão, na Penha, na zona Leste. No local, funciona o Núcleo Pedagógico da Diretoria Leste 1.

Segundo o Corpo de Bombeiros, entre 00h e 19h40 foram 19 chamados para desabamento/desmoronamento.

A Subprefeitura da Penha informou que interditou parcialmente os locais afetados.

Veja a situação abaixo:

Parques fechados

Ao menos 12 parques da capital e da Região Metropolitana de São Paulo foram fechados temporariamente após fortes rajadas de vento de 96 km/h, registradas entre terça-feira (9), e a manhã desta quarta-feira (10).

A Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) informou que a medida segue os protocolos de segurança, que prevê o fechamento preventivo desses espaços quando há ventos acima de 40 km/h ou risco elevado de queda de galhos e árvores.

A medida foi adotada para garantir a segurança e integridade de visitantes, trabalhadores e da biodiversidade, uma que condições meteorológicas adversas ampliam as chances de acidentes, tombamento de árvores e problemas de estabilidade em trilhas.

*Sob supervisão de AR.



Revista do Ceará e CNN

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