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Com apoio da Secult, começa a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará em oito cidades do estado

Com apoio da Secult, começa a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará em oito cidades do estado







25 de outubro de 2025 – 09:57



Programação acontece até o dia 1º de novembro, com espetáculos gratuitos em Fortaleza, Paracuru, Trairi, Baturité, Guaramiranga, Itapipoca, Pacatuba e Pacajus

Theatro José de Alencar em noite de Bienal de Dança / Foto: Lucas Calisto

Na noite desta sexta-feira (24), o Theatro José de Alencar foi palco da cerimônia oficial que abre a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará. Com apoio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Mecenato), um dos mais longevos projetos culturais do estado acontece até 1° de novembro em Fortaleza, Paracuru, Trairi, Baturité, Guaramiranga, Itapipoca, Pacatuba e Pacajus.

A solenidade também aconteceu simultaneamente na Praça Matriz de Paracuru e teve a festa de abertura realizada no Complexo Cultural Estação das Artes. A programação gratuita reúne mais de 20 atrações, entre artistas e companhias de dança locais, nacionais e internacionais. São 30 diferentes espetáculos e cerca de 45 apresentações, além de ações formativas.

Considerada histórica, esta edição ultrapassou continentes com uma programação internacional e descentralizada dividida em quatro “Estações”. A jornada começou em maio, na África, com a “Estação Cabo Verde” (nas cidades de Praia, Santa Cruz e Tarrafal). No mesmo mês, o evento chegou à Europa com a “Estação Portugal”, na cidade de Belmonte. Em setembro, foi a vez da “Estação França”, com apresentações em Paris.

Bienal Internacional da Dança segue até 1º de novembro em oito cidade do Ceará / Foto: Lucas Calisto

Espaço de encontro, diálogo de estéticas contemporâneas e também de intercâmbio artístico para artistas consagrados, a Bienal Internacional de Dança do Ceará é também pensado para jovens artistas dos mais diversos territórios, das periferias aos grandes centros de produção cultural, do Brasil e do exterior.

Agora, de volta ao Ceará, a Bienal realiza a “Estação Brasil”. Em Fortaleza será de 24/10 a 1º/11; em Paracuru, nos dias 24 e 25/10; Trairi recebe a Bienal nos dias 27 e 28/10; em Baturité e Guaramiranga, estará nos dias 29 e 30/10; em Itapipoca acontece de 30/10 a 1º/11; e nos dois últimos dias, estará também em Pacatuba e Pacajus.

Noite de homenagens, espetáculo e música

A cerimônia oficial em Fortaleza foi marcada por homenagens. Na ocasião, a Bienal de Dança celebrou as trajetórias da diretora da Escola Porto Iracema das Artes, Bete Jaguaribe, e do coreógrafo Henrique Rodovalho. Logo depois, a Lia Rodrigues Cia de Danças (RJ) apresentou o espetáculo “Borda”.

Homenagem a Bete Jaguaribe / Foto:  Lucas Calisto

Enquanto isso, no Complexo Cultural Estação das Artes, a festa foi iniciada com DJ Guga de Castro e seguiu com os shows “Baile Quente”, do paraense Saulo Duarte, e “Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem”, do cearense Mateus Fazeno Rock. Nos outros dias, em Fortaleza, após a última apresentação da noite, público e artistas se encontram nas tradicionais Fringes da Bienal, em momentos de música e danças.

Homenagem a Henrique Rodovalho / Foto Lucas Calsito

Durante a cerimônia de abertura, a Secult Ceará foi representada pelo secretário Executivo da Cultura, Rafael Felismino. Na oportunidade, o gestor destacou a importância dos investimentos do Governo do Ceará em avançar a Dança a partir do processo de socialização, de identidade, de mercado cultural e de formação.

“Hoje, a cena da dança cearense desponta em circuito nacional e internacional: somos reconhecidos pela originalidade dos nossos fazeres, pela articulação entre arte e comunidade, pela pluralidade das vozes que aqui se movimentam. Só neste ano, a arte e cultura cearense estiveram ocupando palcos de países como Alemanha, Colômbia, México, Portugal, Cabo Verde, França. Festivais, companhias e mostras ampliam horizontes; memórias de mestras e mestres, de manifestações populares contam a história de um povo que dança para existir, para narrar, para celebrar”, destacou Rafael Felismino.

Espetáculo “Borda”, da Lia Rodrigues Cia de Danças (RJ) / Foto: Lucas Calisto

“A Bienal é um processo vivo, um cais de encontros, uma ponte para novas ideias e criações. Para além da nossa equipe de concepção e produção, ela congrega uma vasta rede de artistas, técnicos, parceiros, estudantes e exclusões. É uma teia de pessoas movida pelo desejo de fazer juntos, que embarque em nossa frequência para inventar possíveis e materializar sonhos. E sonhamos alto”, compartilhou o criador e diretor da Bienal internacional de Dança do Ceará, Davi Linhares.

Investimento em Dança no Ceará

A Bienal Internacional de Dança do Ceará é uma das iniciativas que reafirma os investimentos e o apoio das políticas públicas como vetor de transformação social e de desenvolvimento econômico. O compromisso político do Governo do Ceará entende e valoriza a Cultura, promovendo editais e oportunidades de investimento para projetos e ações culturais da dança.

Este trabalho acompanha a continuidade do Laboratório de Dança da Escola Porto Iracema das Artes, que oferece acompanhamento de criação e mentorias com profissionais renomados. Passa também pelo Curso de Princípios Básicos de Dança (CPBDança), oferecido pelo Theatro José de Alencar, em seu Teatro Escola, que oportuniza uma formação inicial com base técnica e estética em dança.

Secretário Executivo da Cultura do Ceará, Rafael Felismino / Foto Lucas Calisto

Em 2024, o Governo do Ceará, por meio da Secult, recebeu em seus espaços públicos de cultura mais de 600 eventos da linguagem da dança. E ainda investiu R$ 3 milhões e 764 mil reais na dança, beneficiando 75 projetos de 10 das 14 macrorregiões do Ceará. Este cenário aponta o compromisso com formação, inovação, a internacionalização e, sobretudo, com o reconhecimento de que toda forma de dança é parte da nossa identidade.

“Para isso, reafirmamos o compromisso com a formação, com a inovação, com a internacionalização e, sobretudo, com o reconhecimento de que toda forma de dança é parte da nossa identidade”, completou o secretário Executivo da Cultura, Rafael Felismino.

Bienal segue no domingo com reconhecimento

No domingo (26), no Theatro José de Alencar, a partir das 20h, será festejada a titulação de Dr. Honoris Causa, concedido nesta quarta-feira (15) pela Universidade Federal do Ceará (UFC) ao bailarino e coreógrafo cearense Flávio Sampaio.

Na comemoração, a Escola de Dança de Paracuru apresenta “Canto do povo de um lugar”. A Escola é um dos mais importantes centros de formação artística do Ceará, criada em 2003 por Flávio em sua cidade natal.

Outros momentos memoráveis vão marcar essa noite de celebração, que unem história, emoção e a força transformadora da dança. O bailarino Thiago Soares, um dos grandes nomes da cena mundial da dança, fará participação especial em homenagem a Flávio Sampaio apresentando o solo de “José”, de Carmen, com música de Franz Liszt.

Bienal Internacional de Dança do Ceará / Foto: Lucas Calisto

A homenagem celebra a trajetória e a influência de Flávio na música e na cultura brasileira, com uma obra que é um diálogo entre a genialidade de Liszt e a sensibilidade de um intérprete para alguém que fez tanto pela dança.

Quem também presta homenagem a Flávio é a bailarina cearense Naomi Brito, que iniciou sua formação na Escola de Dança de Paracuru e, desde 2020, integra a renomada companhia de dança alemã Tanztheater Wuppertal Pina Bausch. Sua atuação é vista como parte de uma nova era da companhia, que honra o legado de sua fundadora, com espírito inovador. Ela apresenta o solo “Calunga”.

Depois dos solos, a Bienal de Dança será palco de uma parceria inédita em cena, que promete reverberar no cenário internacional. Thiago Soares e Naomi Brito dançam juntos pela primeira vez, apresentando o Pas de Deux da segunda cena de “Carmen”, uma montagem marcada por dramaticidade e entrega visceral, especialmente concebido para o evento.

 






Secretaria da Cultura

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