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Com apoio da Secult, começa no dia 24 (sexta-feira) em Fortaleza e Paracuru, 15ª Bienal Internacional de Dança do Ceará

Com apoio da Secult, começa no dia 24 (sexta-feira) em Fortaleza e Paracuru, 15ª Bienal Internacional de Dança do Ceará







16 de outubro de 2025 – 10:59
#Bienal Internacional de Dança do Ceará


Ascom 15ª Bienal Internacional de Dança do Ceará – Texto


Até o dia 1º de novembro a Bienal apresenta artistas do Ceará, de outros estados e países, com programação em Fortaleza, Paracuru, Trairi, Baturité, Guaramiranga, Itapipoca, Pacatuba e Pacajus. Acesso gratuito.

De Guadalupe, a Cie Trilogie Lēnablou apresenta “Le Sacre du sucre” (Foto: Philippe Hurgon)

Com 30 espetáculos diferentes e cerca de 45 apresentações, além de ações formativas, a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará inicia na sexta-feira, 24 de outubro, a programação que, até o dia 1º de novembro, circula por oito cidades do estado: Fortaleza, Paracuru, Trairi, Baturité, Guaramiranga, Itapipoca, Pacatuba e Pacajus. São mais de 20 atrações, entre artistas e companhias de dança locais, nacionais e internacionais. O acesso é gratuito.

Esta é a última das quatro “estações” desta histórica edição da Bienal que, pela primeira vez, cruzou continentes com uma programação estendida. Começou na África em maio, com a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará/Estação Cabo Verde, realizada nas cidades de Praia, Santa Cruz e Tarrafal. De lá, seguiu no mesmo mês para a Europa, com a Estação Portugal, em Belmonte. Em setembro, foi a vez da Estação França, com apresentações em Paris.

Agora, de volta ao Ceará, a Bienal realiza a Estação Brasil. Em Fortaleza será de 24/10 a 1º/11; em Paracuru, nos dias 24 e 25/10; Trairi recebe a Bienal nos dias 27 e 28/10; em Baturité e Guaramiranga, estará nos dias 29 e 30/10; em Itapipoca acontece de 30/10 a 1º/11; e nos dois últimos dias, estará também em Pacatuba e Pacajus. A programação completa e informações sobre retirada de ingressos podem ser consultadas no site www.bienaldedanca.com.

ABERTURA, HOMENAGENS E FESTAS

cerimônia oficial de abertura em Fortaleza será na sexta-feira (24), a partir das 20h, no Theatro José de Alencar. Na ocasião, a Bienal de Dança presta homenagem a Bete Jaguaribe, diretora da Escola Porto Iracema das Artes, e ao coreógrafo do espetáculo “Nosso Baile”, Henrique Rodovalho.  Logo depois, a Lia Rodrigues Cia de Danças, do Rio de Janeiro, apresenta “Borda”. Enquanto isso, no Complexo Cultural Estação das Artes, começa a festa de abertura da Bienal de Dança, com o DJ Guga de Castro, show “Baile Quente”, do paraense Saulo Duarte, e “Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem”, do cearense Mateus Fazeno Rock. Nos outros dias, em Fortaleza, após a última apresentação da noite, público e artistas se encontram nas tradicionais Fringes da Bienal, em momentos de música e danças. Esta programação poderá ser consultada em breve nas redes sociais da Bienal.

CONFIRA OS DESTAQUES DESTA EDIÇÃO

HOMENAGEM A FLÁVIO SAMPAIO – SOLOS E DUO DE THIAGO SOARES (RJ) E NAOMI BRITO (CE/ALE)

No domingo (26), no Theatro José de Alencar, a partir das 20h, será festejada a titulação de Dr. Honoris Causa, concedido nesta quarta-feira (15) pela Universidade Federal do Ceará (UFC) ao bailarino e coreógrafo cearense Flávio Sampaio. Na comemoração, a Escola de Dança de Paracuru apresenta “Canto do povo de um lugar”. A Escola é um dos mais importantes centros de formação artística do Ceará, criada em 2003 por Flávio em sua cidade natal.

Outros momentos memoráveis vão marcar essa noite de celebração, que unem história, emoção e a força transformadora da dança. O bailarino Thiago Soares, um dos grandes nomes da cena mundial da dança, fará participação especial em homenagem a Flávio Sampaio apresentando o solo de “José”, de Carmen, com música de Franz Liszt. A homenagem celebra a trajetória e a influência de Flávio na música e na cultura brasileira, com uma obra que é um diálogo entre a genialidade de Liszt e a sensibilidade de um intérprete para alguém que fez tanto pela dança.

Quem também presta homenagem a Flávio é a bailarina cearense Naomi Brito, que iniciou sua formação na Escola de Dança de Paracuru e, desde 2020, integra a renomada companhia de dança alemã Tanztheater Wuppertal Pina Bausch. Sua atuação é vista como parte de uma nova era da companhia, que honra o legado de sua fundadora, com espírito inovador. Ela apresenta o solo “Calunga”.

Depois dos solos, a Bienal de Dança será palco de uma parceria inédita em cena, que promete reverberar no cenário internacional. Thiago Soares e Naomi Brito dançam juntos pela primeira vez, apresentando o Pas de Deux da segunda cena de “Carmen”, uma montagem marcada por dramaticidade e entrega visceral, especialmente concebido para o evento.
ONDE E QUANDO: Além de Fortaleza, no domingo (26), a partir das 20h, no Theatro José de Alencar, “Canto do povo de um lugar”, com a Escola de Dança de Paracuru, os solos e o duo de Thiago Soares e Naomi Brito serão apresentados no sábado (25) a partir das 20h30 na Praça da Matriz de Paracuru.

“BORDA” – LIA RODRIGUES COMPANHIA DE DANÇAS (RJ)

A Bienal de Dança será palco da estreia nacional deste espetáculo, que foi apresentado pela primeira vez em setembro deste ano na França, no Chaillot Théâtre national de la Danse. Nova criação da Lia Rodrigues Companhia de Danças, “Borda” investiga o conceito de fronteira como limite, passagem e encontro.
ONDE E QUANDO: Sexta-feira (24), às 20h30, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza.

TEASER:  https://vimeo.com/1095214272 (©Sammi Landweer)

“LES TRACEURS” – RACHID OURAMDANE (FRANÇA)

O coreógrafo francês Rachid Ouramdane, parceiro antigo da Bienal e diretor do Teatro Chaillot, traz “Les Traceurs”, trabalho coreográfico nas alturas, que marcou a edição de 2021 da Bienal de Dança em Fortaleza, atraindo as atenções da população na Praça do Ferreira para o artista francês Nathan Paulin, ao apresentar-se a 50 metros de altura percorrendo 250 metros em highline. Rachid Ouramdane é um dos artistas que vem à Bienal por meio da Temporada França-Brasil 2025.
ONDE E QUANDO: Sábado (25) às 16h30 no Largo dos Tremembés, na Praia de Iracema, em Fortaleza.

“À UN ENDROIT DU DÉBUT” – GERMAINE ACOGNY E MIKAËL SERRE (SENEGAL)

Com mais de 50 anos de carreira, a artista senegalesa Germaine Acogny é reverenciada mundialmente como uma das figuras mais influentes da dança contemporânea africana. Criou a técnica de “dança africana moderna”, uma linguagem corporal única, que une os saberes ancestrais africanos à expressividade da dança contemporânea. Nos anos de 1970 colaborou com Maurice Béjart na criação do Mudra Afrique.  O solo “À un endroit du début” foi criado em parceria com o diretor Mikaël Serre. Nele, a artista mergulha nas camadas mais profundas de sua ancestralidade africana e de sua história pessoal para construir um solo de dança visceral, poético e político. A vinda de Acogny à Bienal acontece através da Temporada França-Brasil 2025.
ONDE E QUANDO: Quarta-feira (29), às 21h, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza.

 “LE SACRE DU SUCRE” – CIE TRILOGIE LĒNABLOU (GUADALUPE)

A Temporada França-Brasil 2025 traz a Cie Trilogie Lēnablou, que tem à frente a coreógrafa e bailarina Lēnablou, de Guadalupe, com a obra “Le Sacre du sucre”. Fundada há 30 anos, a Cie Trilogie Lēnablou é uma das principais referências da criação coreográfica caribenha. Ela se destacou inúmeras vezes em todo o mundo (Europa, América Latina, Estados Unidos, África, Caribe) até se consolidar cada vez mais na cena internacional. Pioneira de uma nova estética da dança contemporânea proveniente do patrimônio “tradicional” guadalupense, Lēnablou continua a explorar, através de suas criações, a essência de uma escrita coreográfica baseada na Techni’ka e no conceito do Bigidi: a estética da harmonia da desordem.
ONDE E QUANDO: Sexta-feira (31), às 19h, no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza.

“CORPOS” – COMPANHIA LA MANGROVE (BRASIL/FRANÇA)

“Corpos” é um laboratório de criação dirigido por Hubert Petit-Phar e Augusto Soledade, coreógrafo originário da Bahia. Em cena, três bailarinos da Bahia e um de Guadalupe (França). A exploração vem de um encontro entre dois artistas que compartilham uma preocupação comum sobre a estigmatização do corpo negro e o corpo como ferramenta política.
ONDE E QUANDO: Sábado (1º/nov), às 19h, no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza.

TEASERhttps://vimeo.com/940814913?share=copy

“CARLOTA-FOCUS DANÇA PIAZZOLLA”, “TRUPE” E “BICHOS DANÇANTES” – FOCUS CIA DE DANÇA (RJ)

Focus Cia de Dança, do Rio de Janeiro, vem à Bienal de Dança com três espetáculos, por meio da “Circulação Petrobras Focus 25 anos”. Dirigida por Alex Neoral, esta é uma das companhias mais atuantes e respeitadas da cena contemporânea brasileira, com atuação dentro e fora do país. “Carlota – Focus Dança Piazzolla” é o penúltimo espetáculo mais recente da companhia, onde traz, mais uma vez, a potência do movimento contemporâneo que é uma das marcas dos seus trabalhos. Ao criar “Carlota”, Alex Neoral presta homenagem às suas mestras (Regina Sauer, Giselle Tápias, Deborah Colker e Carlota Portella) e, também, investiga e propõe novas possibilidades do bailar austero somado às composições do genial bandoneonista Astor Piazzolla. “Trupe” é uma homenagem aos artistas mambembes que carregam em suas jornadas por toda parte desde tempos imemoriais. “Bichos Dançantes” é um trabalho lúdico, inspirado na musicalidade e nos movimentos dos animais. A circulação da Focus tem o patrocínio exclusivo da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.
ONDE E QUANDO: Quarta-feira (29), às 18h, “Bichos Dançantes” na Fundação de Cultura e Turismo de Baturité. Quinta-feira (30), às 21h, “Carlota – Focus Dança Piazzolla”, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza. Sexta-feira (31), às 16h30, “Trupe”, na Ponte dos Ingleses, em Fortaleza. Sábado (1º/11), às 19h, “Bichos Dançantes”, na Praça Renato Pessoa de Aguiar, em Pacajus.

TEASERShttps://vimeo.com/846373446 | https://vimeo.com/260640359 | https://vimeo.com/655418551/15ec1b6d7f

“QR CORPO” – ANTI STATUS QUO (DF)

Anti Status Quo Companhia de Dança, de Brasília (DF), um dos grupos mais atuantes e inovadores da dança contemporânea brasileira, inicia na Bienal de Dança a circulação nacional do espetáculo-instalação “QR CORPO, viabilizada pelo projeto “Anti Status Quo Circulação Nacional” com recursos do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF. Fundada em 1988 e sob direção da coreógrafa Luciana Lara, a companhia tem um histórico de trabalhos que desafiam as classificações tradicionais. “QR CORPO” não é um espetáculo de dança convencional. Ele se configura como uma experiência híbrida e imersiva, que dissolve as fronteiras entre público e artistas e funde a presença física com a virtual. Utilizando seus próprios celulares como “extensões digitais” ou “próteses janelas” de seus corpos, para escanear QR Codes fixados aos bailarinos, os espectadores liberam vídeos com coreografias virtuais que se entrelaçam com a ação presente dos bailarinos. Nesse jogo, os corpos dos intérpretes são ficcionalizados, fragmentados, deformados e multiplicados nas telas desafiando noções de tempo, espaço e anatomia.
ONDE E QUANDO: Sábado (25) e domingo (26), às 18h, no Teatro B. de Paiva, do Hub Cultural Porto Dragão, em Fortaleza

TEASER: QR Corpo

Percurso de Criação: “CARMEN” – THIAGO SOARES – CRIAÇÃO DA BIENAL INTERNACIONAL DE DANÇA DO CEARÁ (RJ/CE). PARTICIPAÇÃO DE RICARDO GUILHERME

A estreia de uma releitura de “Carmen”, obra-prima de Georges Bizet, assinada por Thiago Soares, é um dos destaques desta temporada de encerramento da 15ª edição da Bienal. O bailarino e coreógrafo carioca foi convidado pela Bienal para criar e conduzir esta ação do programa Percurso de Criação, que promove a concepção de novas obras, com artistas locais que possuam excelente domínio de uma ou mais técnicas de dança. A montagem tem a participação do ator e dramaturgo cearense Ricardo Guilherme.

Reconhecido mundialmente por sua trajetória nos palcos internacionais, Thiago Soares, retornou ao Brasil com um olhar voltado a narrativas e profundamente enraizado na brasilidade e na pluralidade de estilos de dança que compõem nossa cultura. Nesta criação, Carmen transcende o clássico. A fusão entre a tradição do balé, a força da dança contemporânea e o tempero das linguagens populares brasileiras e urbanas traz ao espetáculo uma linguagem única, revelando a potência feminina e a intensidade dos encontros e desencontros humanos.
ONDE E QUANDO: Sábado (25), às 22h na Praça da Matriz, em Paracuru. Quinta-feira (30), às 18h, na Fundação de Cultura e Turismo de Baturité. Sexta-feira (31), às 21h, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza

Percurso de Criação: “NOSSO BAILE” – HENRIQUE RODOVALHO – CRIAÇÃO DA BIENAL INTERNACIONAL DE DANÇA DO CEARÁ (BRASIL/FRANÇA)

“Nosso Baile” teve sua estreia mundial no mês de setembro em Paris, como destaque da temporada da Bienal de Dança do Ceará na França. Coprodução da Bienal com o Théâtre de Chaillot, esta criação do coreógrafo Henrique Rodovalho é resultado do projeto Percursos de Criação e uma das ações de um projeto inovador realizado pela Bienal de Dança, o “Conexões Artísticas Internacionais – CAIS”. Este projeto faz parte da Temporada Cruzada França-Brasil e simboliza um marco na cooperação cultural entre os dois países, inspirado no conceito de cooperação triangular promovido pela ONU. No elenco estão 15 bailarinos e bailarinas do Ceará, de São Paulo, da Bahia e de Minas Gerais, de diferentes idades e estilos de dança, dando pluralidade ao espetáculo.  “Nosso Baile” é inspirado em “Isso dá um baile!”, obra que Rodovalho criou para o Balé da Cidade de São Paulo e foi apresentada na 13ª Bienal de Dança do Ceará, em 2021.
ONDE E QUANDO: Sexta-feira (24), às 19h30 na Praça da Matriz, em Paracuru. Sábado (25), às 21h no Theatro José de Alencar, em Fortaleza. Sexta-feira (31), às 19h, na Praça Renato Pessoa de Aguiar, em Pacajus.

“DONA LOURDÈS” – NÉMO CAMUS & ROBSON LEDESMA (BÉLGICA)

Criado por Némo Camus, este projeto é situado entre a homenagem, a narrativa biográfica e uma reflexão poética sobre herança cultural, racial e familiar, inspirada na vida de sua avó brasileira, que dá nome ao espetáculo: Dona Lourdès. Com a ajuda do performer brasileiro Robson Ledesma como tradutor, Némo Camus realiza entrevistas com ela na tentativa de capturar os movimentos e o ritmo de uma vida — abrindo espaço para a tensão entre a dança clássica e o samba, o que abandonamos e as palavras que colocamos em nossa própria história.
ONDE E QUANDO: Sábado (25), às 19h, no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza

“NOYA VOL 2” – DJAM NEGUIN (CABO VERDE)

Djam Neguin é uma das mais destacadas e revolucionárias figuras da cena artística-cultural da lusofonia da atualidade. Conjuga os seus afetos e fazeres artísticos entre as artes cênicas e visuais. Neste trabalho, ele revisita o Colá San Jon de Cabo Verde em diálogo com estéticas afro-urbanas e afrofuturistas. Em solo, o corpo é território de ficção e multiplicidade, evocando memória, invenção e resistência. A obra afirma a criação artística como gesto de reinvenção e transformação.
ONDE E QUANDO: Quinta-feira (30), às 15h, no CEU das Artes, em Itapipoca. Sexta-feira (31), às 18h, no Teatro B. de Paiva – Hub Cultural Porto Dragão.

“ARRASTÃO” – COMPANHIA ETRA (SP)

“Arrastão” é uma performance realizada por corpos que lutam para conseguir ocupar seus espaços, físicos e metafóricos que traz à tona questões urgentes dos nossos tempos. Fundada em 2001 por Ariadne Fernandes e Jandé Potyguara, a Cia Etra desenvolve um trabalho artístico continuado que articula criação, formação, pesquisa e difusão em dança contemporânea. Com raízes no Ceará e sede atual desde 2009 em Santos/SP, a companhia investiga o corpo como território de ancestralidade, resistência e transformação, cruzando práticas orientais, experiências sensoriais e dramaturgias do silêncio e do gesto. Ao longo de sua trajetória, a Cia foi contemplada por importantes editais nacionais, como o Prêmio Klauss Vianna de Dança da Funarte (2009 e 2023), Funarte Retomada Cultural, ProAC, além de reconhecimentos como o I Prêmio Denilto Gomes.
ONDE E QUANDO: Domingo (26), às 16h no Largo dos Tremembés – Praia de Iracema, em Fortaleza

TEASER: Arrastão

“OSSOS – CENA INACABADA” E “PELO PESCOÇO” – ANA CLAUDIA VIANA (CE/RN)

Cearense, residente no RN, a bailarina e performer Ana Cláudia Viana, aos 59 anos, retorna à sua cidade natal, Itapipoca, para dançar pela primeira vez no mesmo território de onde saiu ainda adolescente, rumo a Fortaleza. Dirigida por Clébio Oliveira, coreógrafo potiguar radicado em Berlim, “Ossos – cena inacabada” nasceu de um processo de criação à distância, marcado pela troca de mais de 40 áudios enviados pela intérprete ao diretor. As confissões íntimas, memórias e relatos se transformaram em matéria coreográfica, num diálogo entre palavra, movimento e ancestralidade. “Pelo Pescoço” é uma obra nasce do diálogo entre a artista da dança Ana Cláudia Viana e o artista visual Daniel Torres que, em parceria, transformaram em dramaturgia cênica uma série de desenhos inspirados pelo impacto de notícias de feminicídios no Rio Grande do Norte. A obra reflete sobre os discursos do feminino, atravessados por silêncios e amarras que sufocam o corpo e sua potência criativa.
ONDE E QUANDO: Quarta-feira (29), às 18h, “Pelo Pescoço” no Teatro B. de Paiva – Hub Cultural Porto Dragão, em Fortaleza. Sábado (1º/11), às 19h, “Ossos: Cena Inacabada” no CEU das Artes, em Itapipoca.

“FOREIGN BODY” – CLÉBIO OLIVEIRA (RN/ALEMANHA)

“Foreign Body” investiga, de forma sensorial e simbólica, os mecanismos que sustentam as normas de gênero e como elas atravessam, moldam e limitam nossas existências. Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, Clébio Oliveira é bailarino, coreógrafo e professor de dança contemporânea, formado em Dança pelo Centro Universitário da Cidade, no Rio de Janeiro. Atuou na companhia de Deborah Colker (2004–2008), e na Companhia Toula Limnaios, em Berlim (2008–2011), consolidando sua carreira na Europa. Como coreógrafo, criou obras para companhias brasileiras como São Paulo Companhia de Dança, Balé da Cidade de São Paulo, Companhia de Dança do Amazonas, Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão, entre outras. Internacionalmente, assinou trabalhos para companhias e teatros na Alemanha, EUA e Suíça.
ONDE E QUANDO: Quinta-feira (30), às 19h no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza

“FORÇA ESTRANHA” – CLARICE LIMA E ALINE BONAMIN (SP)

Depois de 10 anos da estreia do dueto “Intérprete em Crise”, Clarice Lima e Aline Bonamin voltam em cena nesse novo dueto que radicaliza a noção de empatia cinestésica para a criação de um lugar utópico que faz alianças com tempos e matérias, celebrando a própria dança enquanto ritual e produção de vitalidade. “Força Estranha” investiga o espaço como matéria coreográfica, atravessando sensações, afetos e imaginação.
ONDE E QUANDO: Quarta-feira (29), às 19h, no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza

TEASER: https://new.express.adobe.com/webpage/dBSuVXtmeIo0b

“ÁGUA VIVA” – CLARICE LIMA, CLÁUDIA PIRES E ROSA ANA FERNANDES (CE)

“Água Viva” é uma dança para crianças de todas as idades, fruto do encontro intergeracional das artistas da dança cearense Clarice Lima, Cláudia Pires e Rosa Ana Fernandes, aproximando suas danças e seus universos imagéticos das infâncias. Uma pesquisa disparada pela imagem das águas-vivas e que percebe a água enquanto vida, praticando a imaginação radical junto às infâncias.
ONDE E QUANDO: Segunda-feira (27), às 14h, na Escola de Ensino Fundamental Jonas Henrique de Azevedo, em Trairi. Quarta-feira (29), às 15h, Teatro Rachel de Queiroz, em Guaramiranga.  Sábado (1º/11), às 18h, no Sobrado da Abolição, em Pacatuba.

“ENTRE PONTOS RISCADOS” – CIA BALÉ BAIÃO (CE)

Gerson Moreno e Ernany Braga são os dançantes-criadores deste espetáculo. São dois meninos-velhos de idades distintas, dois pontos/territórios singulares que se conectam, se reconhecem e se reverenciam à proporção que ativam estados de intimidade e complementaridade. Fricções ancestrais-contemporâneas em tempo real. Fundada em Itapipoca, em 1994, por Gerson Moreno, a Cia Balé Baião desenvolve um trabalho pioneiro de investigação, pesquisa, produção e difusão de danças cênicas contemporâneas atravessadas por estéticas, poéticas e narrativas afro-indígenas-interioranas, com três décadas de história. É um coletivo de dança formado por multiartistas do corpo, educadores e militantes comunitários que transversalizam: composição de obras artísticas (produção e circulação de espetáculos), arte-educação (processos continuados de formação em dança) e militância comunitária (engajamento em movimentos sociais).
ONDE E QUANDO: Terça-feira (28), às 18h, no Teatro B. de Paiva – Hub Cultural Porto Dragão, em Fortaleza. Sexta-feira (31), às 15h, no CEU das Artes, em Itapipoca.


Silvia Moura – O QUE RESTA (Foto: Allan Diniz)

“O QUE RESTA” – SILVIA MOURA E NIXON FERNANDES (CE)

Criação de Silvia Moura e Nixon Fernandes, “O que resta” é uma performance que explora a ideia de dissolução e união com o todo. Através de movimentos fluidos e improvisados, o corpo se funde com a luz e o espaço, criando uma experiência única e emocional. O figurino, projetado para se mover e se transformar com o corpo, se torna uma extensão da própria pele, enquanto a luz dança sobre ele, criando sombras e realces que acentuam a expressão do movimento. A trilha sonora cria um ambiente hipnótico e contemplativo, que envolve o público em uma atmosfera de reflexão e introspecção. O espaço vazio se torna palco de uma transformação, onde o corpo e a luz se unem para criar uma experiência que transcende a forma e a matéria.
ONDE E QUANDO: Terça-feira (28), às 19h, no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza

“A CADEIRINHA E EU” – SILVIA MOURA (CE)

Com humor e delicadeza, numa mescla de teatro e dança, este trabalho, criado por Silvia Moura em 1994, propõe um diálogo de cumplicidade com a plateia. Traça com ludicidade a trajetória entre as diversas fases de uma mulher e seus questionamentos.
ONDE E QUANDO: Quinta-feira (30), às 15h, no Teatro Rachel de Queiroz, em Guaramiranga

“EM UMA GOTA O OCEANO” – CARLOS ANTÔNIO (CE)

“Em uma gota o oceano” é uma travessia poética sobre mutação, força e reconexão. A cena se organiza em três caminhos que refletem diferentes dramaturgias de movimento e estados do corpo. Com dramaturgia de Paulo Caldas, a obra propõe um mergulho em identidades negras, femininas, trans e indígenas, afirmando a dança como espaço de cura, empoderamento e resistência frente às violências e exclusões do mundo. O solo é apresentado pelo bailarino-pesquisador Carlos Antônio, com direção de Alexandre Veras.
ONDE E QUANDO: Sábado (1º/11), às 18h, no Teatro B. de Paiva – Hub Cultural Porto Dragão, em Fortaleza.

“O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA?” – JORGE GARCIA E ESCOLA DE DANÇA DE PARACURU (CE)

“O que você tem na cabeça” é uma homenagem ao cartunista Ziraldo, inspirado na obra Menino Maluquinho. Com figurino assinado por Marina Carleial, e objetos cênicos dela e de Jorge Garcia, no espetáculo, ao invés de panelas nas cabeças, como usa o personagem, os bailarinos utilizam chapéus com temas diversos.
ONDE E QUANDO: Sexta-feira (24), às 20h30 na Praça da Matriz, em Paracuru.

“LAGARTO DO MAR” – ANA BOTTOSSO E ESCOLA DE DANÇA DE PARACURU (CE)

A partir de um dos significados do nome “Paracuru”, a coreografia “Lagarto do Mar” foi concebida em homenagem à cidade. A partir desse topónimo Ana Bottosso passeia livremente em histórias vividas e contadas pelos homens do mar.
ONDE E QUANDO: Sexta-feira (24), às 21h30 na Praça da Matriz, em Paracuru

“JOVITA” – ROSA PRIMO (CE)

Jovita, de Rosa Primo, é um espetáculo de dança voltado para as infâncias, inspirado na jovem cearense Jovita Feitosa (1848–1867), que se alistou na Guerra do Paraguai disfarçada de homem. Na obra, a guerra dá lugar ao brincar: os conflitos viram jogos, e os uniformes, fantasias. Entre marchas e brincadeiras, o corpo inventa novas formas de ser e de imaginar o mundo, celebrando a potência lúdica da infância.
ONDE E QUANDO: Terça-feira (28), às 14h, na Escola de Ensino Fundamental Jonas Henrique de Azevedo, em Trairi. Sexta-feira (31), às 10h, na Praça Mais Infância, em Pacatuba.

QUEM FAZ A BIENAL

Apresentada pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado do Ceará, Enel Distribuição Ceará e Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural,  a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará é uma realização da Indústria da Dança do Ceará e da Proarte – Associação dos Produtores de Artes do Ceará, junto ao Ministério da Cultura e Governo Federal do Brasil, com correalização de Chaillot – Teatro Nacional da Dança; República francesa; Temporada França-Brasil 2025; Instituto Francês; Instituto Guimarães Rosa; e Ministério das Relações Exteriores. Patrocínio: Petrobras, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio Institucional: Secretaria da Cultura do Ceará, com recursos provenientes da Lei Federal Nº 14.399 de julho de 2022, e Lei Estadual Nº 18.012, de 1o de abril de 2022. Apoio Cultural: Enel Distribuição Ceará.

SERVIÇO

XV Bienal Internacional de Dança do Ceará / Estação Brasil: De 24 de outubro a 1º de novembro de 2025, em Fortaleza, Paracuru, Trairi, Itapipoca, Pacatuba, Pacajus, Baturité e Guaramiranga (CE).

Os ingressos da abertura no Theatro José de Alencar serão distribuídos gratuitamente, a partir de quarta-feira (22), na bilheteria do equipamento, das 13h às 19h, e no escritório de produção da Bienal de Dança, das 14h às 17h.  (R. dos Tabajaras, 629 – Praia de Iracema).  No mesmo dia (22/10), os ingressos para todos os espetáculos poderão ser retirados gratuitamente pelo Sympla.

Site: https://bienaldedanca.com/
Instagram: https://www.instagram.com/bienaldedanca/
Facebook: https://www.facebook.com/bienaldedanca
TikTok: https://www.tiktok.com/@bienaldedanca
YouTube: https://www.youtube.com/@bienalinternacionaldedancadoce
Informações: contato@bienaldedanca.com








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