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Com presença de Janja, manifestações pelo país denunciam aumento de casos de feminicídio | Política

O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Manifestações pelo país neste domingo (7) denunciam o aumento no número de casos de feminicídio no último ano. Os protestos foram mobilizados por coletivos, movimentos sociais e organizações feministas que pregam pelo fim da violência contra a mulher e também pela criminalização da misoginia e regulação das redes sociais. A primeira-dama Janja da Silva participou de ato em Brasília (DF).

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O Levante Mulheres Vivas realiza ato na área central de Brasília para denunciar o feminicídio e todas as formas de violência contra mulheres. — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Conforme publicado pelo coletivo Mulheres Vivas, um dos mobilizadores da manifestação nacional, aconteceram atos no Distrito Federal e em cidades de pelo menos 20 estados ao longo do domingo, em todas as regiões do país. O lema da manifestação foi: “Basta de feminicídio. Queremos as mulheres vivas”.

Em Brasília, a manifestação ocupou a Torre de TV, no centro da capital federal, pela manhã. O ato contou com a presença e o apoio da primeira-dama, Janja e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em suas redes sociais, Janja publicou após o ato que “em um país onde o feminicídio ainda interrompe vozes e vidas diariamente, a união de todas as pessoas é um ato urgente”.

“Mulheres, homens e toda a sociedade precisam caminhar lado a lado, rompendo o silêncio, cobrando justiça e apoiando quem sofre violência. Quando nos unimos, abrimos caminho para um futuro onde o respeito prevalece e onde cada mulher pode viver plenamente, com liberdade e dignidade”, publicou.

Janja em ato do Levante Mulheres Vivas, denunciando feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Janja em ato do Levante Mulheres Vivas, denunciando feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os atos acontecem dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursar em evento por uma “proposta mais contundente e dura” para crimes cometidos contra mulheres e crianças, na esteira de uma série recente de feminicídios e tentativas de feminicídio do país. Em um deles, ocorrido no sábado passado, dia 30 de novembro, na capital paulista, uma mulher teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pela Marginal Tietê. O caso é investigado como tentativa de feminicídio.

  • Lula promete ação de combate à violência contra mulher

“Precisamos de proposta mais contundente e dura para pessoas que matam mulheres e estupram crianças”, afirmou Lula durante a 6ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão. “O governo tem que apresentar proposta dura, mas não da presidência, da sociedade, pelo fim do feminicídio”, disse o presidente na ocasião.

Alta de violência contra a mulher

Nos últimos 12 meses, ao menos 33% das mulheres sofreram algum tipo de violência, o equivalente a 3,7 milhões de brasileiras, segundo a Pesquisa Nacional sobre Violência contra a Mulher. Em 71% dos casos, a agressão aconteceu em frente a outras pessoas, sendo que 70% dos presentes eram crianças, em sua maioria, filhos das vítimas.

O ciclo da violência começa cedo, com 38% das mulheres sofrendo a primeira agressão antes dos 20 anos, e tende a durar longos períodos, com 58% das mulheres afirmando que sofrem violência há mais de um ano.

No âmbito digital, 10% das mulheres já sofreram algum tipo de violência, sendo que casos de chantagem com imagens íntimas dobraram em relação dobraram em relação à última pesquisa.

Em 69% dos casos, a violência interrompe de alguma forma a rotina das vítimas, sendo que 68% relatam impacto no convívio social, 46% no trabalho remunerado e 42% nos estudos.



Valor Econômico

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