Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Confiança do consumidor está sendo minada pela taxa de juros e inflação, diz especialista em varejo – Negócios

Confiança do consumidor está sendo minada pela taxa de juros e inflação, diz especialista em varejo - Negócios

Em meio a uma taxa de juros elevada e uma inflação que pressiona o orçamento das famílias, a confiança do consumidor está “sendo minada”, sobretudo daqueles de classes mais baixas que consequentemente são mais pressionados.

A avaliação é do palestrante e especialista em varejo Marcos Gouvêa, que falou sobre economia e consumo durante o evento Cenários do Varejo 2025, realizado nesta sexta-feira (16) no Shopping RioMar Fortaleza.

“O aspecto que mina hoje a confiança do consumidor é a inflação de alimentos, porque na classe D e E o alimento representa 51% do dispêndio das famílias”, destacou Gouvêa.

“No total do orçamento das famílias, alimentação, habitação e transporte representam 72% dos dispêndios das famílias, então quando a inflação, especialmente dos alimentos, está elevada, isso gera um consumidor retraído, cauteloso e que consome menos”, enfatizou o especialista.

Ele acredita que não visualiza um cenário muito promissor de despressurização do orçamento, considerando que “a taxa de juros está realimentando a inflação”. “As empresas estão recebendo os produtos encarecidos e acabam repassando isso.

“Isso só vai se alterar quando houver mudança significativa da inflação e estamos numa situação difícil, porque o aumento das taxas de juros está realimentando a inflação, porque as empresas estão recebendo os produtos encarecidos e tem que repassar isso. Não tem margem para as empresas absorverem ou reduzirem custos”, lamenta o especialista.

Inteligência Artificial no varejo

Diante desse cenário e em meio às tendências mundiais, as empresas se reinventam para sobreviver e prosperar. A Inteligência Artificial pode surgir como um grande aliado, já que ela pode ser utilizada para potencializar consumo e reduzir custos, a exemplo do uso na otimização de estoques e logística.

Para Eduardo Yamashita, diretor de operações do Grupo GS&Gouvêa de Souza, a IA vai ser a grande ferramenta do século XXI. “A IA vai ser o próximo Excel. Ela vai ser o próximo passo, nós vamos utilizar essas ferramentas de IA para apoiar as próximas decisões que iremos tomar”.

“Com ela, será possível precisar o número ideal de caixas rápidos de autoatendimento que eu tenho que colocar na minha loja para dar melhor retorno, melhor custo e melhor satisfação do cliente. Estou dando o exemplo do caixa, mas a gente vai fazer isso para tudo”, reforça Yamashita.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Assis Cavalcante, complementa que a Inteligência Artificial vem sendo usada sobretudo na reposição dos estoques e escolha dos produtos. “Ela ajuda a identificar que tipo de produto será necessário e em quanto tempo e qual é o prazo de entrega do fornecedor”.

“Uma IA para o estoque, por exemplo, imagino que consiga reduzir as perdas em 25% a 27%”, acredita Assis Cavalcante.

>> Acesse nosso canal no Whatsapp e fique por dentro das principais notícias. 



Ceará Agora e Diário do Nordeste

Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *