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Galeria da Liberdade abre nova exposição que celebra a democracia e defende o direito à memória e à verdade

Galeria da Liberdade abre nova exposição que celebra a democracia e defende o direito à memória e à verdade







4 de setembro de 2025 – 09:08



Local abrigará a exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” a partir de 12 de setembro 

A Galeria da Liberdade abre a mostra “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” no dia 12 de setembro, às 16h. A exposição é uma itinerância do Memorial da Resistência de São Paulo. A Galeria da Liberdade faz parte do conjunto arquitetônico do Palácio da Abolição, gerida pelo Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS CE). O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece) do Governo do Ceará, vinculada à Secretaria da Cultura, com gestão parceira do Instituto Mirante. A abertura da itinerância terá presença da diretora técnica do Memorial da Resistência, Ana Pato; da artista Bianca Turner; da advogada e ex-presa política, Rita Sipahi, e da sobrinha do Frei Tito de Alencar, Lúcia Alencar.

A abertura da Galeria da Liberdade afirma a centralidade da luta pela garantia de direitos humanos na construção de uma sociedade democrática, diversa, justa e saudável, na qual a cultura e a educação são fundamentais para o exercício pleno da cidadania.

A Galeria da Liberdade se estabelece como um espaço de difusão, com mostras que têm como eixo a luta pelos direitos humanos no Ceará, no Brasil e no mundo, evidenciando as tramas políticas, geográficas e afetivas da História. O espaço afirma-se também como um local de encontro para diversos públicos e vozes, buscando construir diálogos na revisão das estruturas que ainda discriminam e violentam pessoas cotidianamente. Ao longo do ano, serão realizadas  exposições, aulas abertas, seminários, rodas de conversa e outras ações formativas gratuitas e abertas ao público.

Nova exposição em cartaz

A exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” tem curadoria de Ana Pato e Carolina Junqueira, sendo uma itinerância do Memorial da Resistência de São Paulo. A mostra tem como fio condutor o acervo de história oral do Memorial da Resistência de São Paulo, que compõe o programa Coleta Regular de Testemunhos, com depoimentos de mulheres que vivenciaram a violência de Estado no período da Ditadura Civil-Militar (1964-1985).

A mostra lança um olhar para o período da Ditadura Civil-Militar sob a perspectiva de gênero. Nesta itinerância, testemunhos de mulheres que integram o acervo de História Oral do Memorial da Resistência de São Paulo são reunidos na instalação “Partitura da Escuta” (2023), de Bianca Turner. As falas revelam como a luta por Memória, Verdade e Justiça se tornou uma expressão constante na busca de esclarecimentos e ações de reparação diante de violações de direitos humanos e autoritarismo.

Por meio de 22 testemunhos, a exposição aborda as lutas coletivas de mulheres brasileiras por Memória, Verdade e Justiça e por direitos fundamentais. Pelo que lutam? Como lutam? Quais são suas histórias?

As narrativas dessas mulheres estão em diálogo com o pensamento da historiadora, militante e poeta Beatriz Nascimento, que se destacou como intelectual que contribuiu para pensar a sociedade brasileira no contexto da Ditadura Civil Militar, confeccionando resistências através das suas reflexões. A exposição destaca, ainda, o imaginário de luta da pensadora negra, com três poemas de sua autoria escritos nos anos 1980. A poesia de Beatriz é um retrato urgente e contemporâneo das formas de resistir contra a violência, a impunidade e o racismo.

Para Cícera Barbosa, coordenadora da Galeria da Liberdade, a nova exposição é um marco no processo de ressignificação do espaço de Memória onde funciona, antes ocupado pelo antigo Mausoléu Castello Branco. “A realização de Mulheres em Luta!  Arquivos de memória política é um gesto que anuncia uma nova relação entre a memória do Ceará e os sujeitos que lutaram por democracia durante os anos da Ditadura Civil Militar. A partir de exposições e de uma programação intensa de rodas de conversas, oficinas e rotas pelos Lugares de Memórias materializamos coletivamente um anseio antigo do Movimento de Memória, Verdade e Justiça no Ceará”, explica Cícera Barbosa.

A diretora técnica do Memorial da Resistência de São Paulo, Ana Pato, ressalta que o olhar para a ditadura a partir de uma perspectiva de gênero é a linha que tece a exposição Mulheres em Luta! Arquivos de memória política. Em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo até julho de 2024, a mostra chega à Galeria da Liberdade, apresentando a participação e a contribuição de mulheres na construção política do nosso país. “Ao trazermos as vozes dessas mulheres que lutaram e lutam pela democracia, no edifício ocupado anteriormente pelo Mausoléu Castelo Branco e agora ressignificado na Galeria da Liberdade, representa um reconhecimento da força política das mulheres em sua luta por memória, verdade e justiça”, avalia Ana Pato.

Histórico e características do espaço

A Galeria da Liberdade foi aberta em 18 de junho de 2025, com a exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”. A criação da Galeria afirma a centralidade da luta pela garantia de direitos humanos na construção de uma sociedade mais democrática e diversa, na qual a cultura e a educação são fundamentais para o exercício pleno da cidadania e o combate ao racismo. Trata-se de um lugar de experimentação artística, no qual o som e a imagem narram o passado e fazem imaginar, coletivamente, outros futuros.

O horário de funcionamento é quarta e quinta-feira, das 10h às 18h, e sexta e sábado, das 13h às 20h, com acesso permitido até meia hora antes do fechamento.

Sobre o Memorial da Resistência de São Paulo

O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, que tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.

Aberto ao público em 2009, o museu é um lugar de memória dedicado a preservar a história do prédio onde operou entre 1939 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.

Por meio de exposições temáticas de grande impacto social, ações educativas, atividades para pessoas com deficiência e programações culturais gratuitas, o museu se consolidou como referência em Educação em Direitos Humanos, promovendo o pensamento crítico e desenvolvendo atividades sobre Direitos Humanos, Repressão, Resistência e Patrimônio.

Serviço

Galeria da Liberdade

Abertura da Exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política”

12 de setembro de 2025

Horário: 16 h

Avenida Barão de Studart, 505






Secretaria da Cultura

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