No Dia Internacional dos Povos Indígenas, realizado neste sábado, dia 9, o Ministério da Saúde inaugurou o primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) Indígena do país. A base, instalada na área do Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, dentro da reserva indígena Aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS), funcionará 24 horas e contará com profissionais bilíngues, fluentes em português e guarani, para atender cerca de 25 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena.
O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, participou da entrega do serviço e destacou que a iniciativa integra ações para ampliar a atenção à saúde indígena, começando pela atenção primária. O projeto piloto visa reduzir pela metade o tempo de espera para atendimentos de urgência e emergência, que antes eram realizados pela unidade do SAMU de Dourados.
O custeio anual do SAMU Indígena será de R$ 341 mil, recurso repassado pelo Ministério da Saúde. A iniciativa integra o esforço para universalizar o serviço no país até 2026. No município de Dourados, o repasse federal para o SAMU 192 soma R$ 2,2 milhões, contemplando a Central de Regulação Urbana, duas Unidades de Suporte Básico, uma de Suporte Avançado e duas motolâncias.
A equipe do SAMU Indígena é formada por 14 profissionais, sendo sete indígenas que falam guarani. Entre eles estão cinco técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e quatro condutores-socorristas. Os pacientes serão encaminhados a hospitais de referência, como o Hospital Universitário da Grande Dourados (HU-UFGD), que também conta com profissionais fluentes em guarani.
Desde 2023, o Ministério da Saúde entregou 2.462 novas ambulâncias do SAMU 192 a municípios de todas as regiões do Brasil, totalizando mais de 4,3 mil veículos em circulação. A meta é entregar mais 2,3 mil ambulâncias até 2026, sendo 1,3 mil previstas para 2025.