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Hidrogênio Verde: o que há é um silêncio ensurdecedor – Egídio Serpa

Hidrogênio Verde: o que há é um silêncio ensurdecedor - Egídio Serpa

Sobre o hidrogênio verde, há um apagão de notícias que se estende desde a Ásia, alcança a Europa, atravessa o Atlântico e chega aos Estados Unidos, descendo até a América Latina, passando pelo Brasil – o Ceará no meio – e termina na Argentina.

Os problemas que, no estrangeiro, causam essa carência de informações acerca do que se chama globalmente de transição energética nos interessam pouco. O que desperta nossa atenção são as dificuldades que os brasileiros enfrentamos para a implantação do primeiro grande projeto industrial de produção do H2V. Mas o Brasil é grande demais e cada uma de suas regiões tem, neste particular, distintos obstáculos a superar, alguns deles bem semelhantes.

Foquemos o caso do Ceará, cujo governo – em parceria com a Federação das Indústrias (Fiec) e com a Universidade Federal (UFC) – trabalha para viabilizar o Hub do Hidrogênio Verde do Pecém, onde há um crescente Complexo Industrial e Portuário com dezenas de grandes e médias empresas em operação, uma das quais é a maior fábrica de pás eólicas latino-americanas, a Aeris Energy.

Esse conjunto de indústrias – no meio das quais se encontra, de modo destacado, a usina siderúrgica da ArcelorMittal, a maior produtora de aço do Brasil – aguarda com ansiedade o dia do início da construção da pioneira unidade industrial que produzirá H2V no Complexo do Pecém, mais precisamente na geografia da Zona de Processamento para Exportação, a ZPE cearense, aliás a única do país instalada e em funcionamento.

Todo o nariz de cera acima é para revelar que, por trás desse silêncio ensurdecedor, se movimentam grandes interesses empresariais nacionais, internacionais e… cearenses.

Há vida inteligente aqui, e não somente no Sudeste maravilha, onde, é bom salientar, está sediada em São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, a maior de todas as empresas do setor de energia renováveis, a Casa dos Ventos, fundada e comandada pelo genial cearense Mário Araripe, um ex-aluno do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José Campos, de onde saiu a quase totalidade dos engenheiros de sua empresa, indicados pela reitoria da instituição e escolhidos pelo próprio Araripe.

Neste momento, há conversas e planos bem adiantados que preveem a participação de novos atores cearenses nesse, ainda, desconhecido mundo do hidrogênio verde. Mário Araripe e esses “novos cearenses” já entenderam que o H2V é a fonte renovável e limpa da energia do futuro. Será ela que, em pouco tempo, moverá automóveis, caminhões, ônibus, navios, trens e aviões.

Mas o que de encantado tem o Ceará para atrair tanto interesse? A resposta é simples: a natureza divina prodigalizou este estado com sol intenso o ano inteiro e bons e constantes bancos de vento, por meio dos quais já são geradas as energias que farão verde o hidrogênio que no Pecém será produzido, mais cedo ou mais tarde.

A Casa dois Ventos quer ser a pioneira na produção desse combustível. A australiana ArcelorMittal tem idêntico objetivo. As duas empresas têm projetos prontos para começar a ser implantados tão logo alguns gargalos sejam superados, como o da carência de Linhas de Transmissão de energia e de clientes daqui e d’alhures interessados em adquirir essa produção. Porém, esta coluna repete: há novos atores locais pedindo passagem e sobre os quais ainda se falará muito. É o que se comenda, hoje, na área empresarial.

A ArcelorMittal já disse e repetiu que será a primeira a comprar o hidrogênio verde a ser produzido no Ceará. É com ele que a líder da produção de aço no Brasil passará a produzir o aço verde, que agregará, pelo menos, 20% ao seu valor.

FISCAIS FEDERAIS AGROPECUÁRIOS ESTÃO EM ALERTA

Na quinta-feira passada, 6, o governo anunciou que concederá, durante um ano, a equivalência do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) aos produtores de leite fluído, ovos e mel fiscalizados pelo Sistema de Inspeção Municipal (SIM). Assim, os produtos poderão ser comercializados em todo o país e não apenas no município onde é produzido. A medida faz parte do pacote de providências para tentar baratear os preços dos alimentos.

Para os fiscais federais agropecuários, a decisão poderá causar problemas, porque a maioria dos municípios não tem estrutura para exercer, com severidade, essa fiscalização.

Mas, no meio do agro, esta informação está sendo vista como um lobby da fiscalização federal agropecuária.

ALPHAVILLE: UMA CORREÇÃO

Sobre nota aqui divulgada ontem: não é a procuradora do Alphaville Eusébio, mas do Alphaville Cidade Alfa que está atrasando a rotina do Cartório de Imóveis de Eusébio.

Donos de lotes desse empreendimento – o Cidade Alpha – venderam algumas unidades, mas ainda não recebem o dinheiro da venda porque os compradores exigem a escritura do terreno, o que pode ser feito quando a procuradora do anuente – o Aphaville Cidade Alpha – comparecer ao cartório do Eusébio.

Os reclamantes são leitores diários desta coluna, por meio da qual apelam de novo à procuradora.



Secretaria da Cultura

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