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Internet em Portugal é cara e maluca para brasileiro: vou te ensinar a navegar

Internet em Portugal é cara e maluca para brasileiro: vou te ensinar a navegar

O mundo globalizado diminuiu fronteiras, o que tem possibilitado visitar lugares que há cinco ou mais décadas atrás era praticamente impossível. Só que essa facilitação trouxe outros desafios, incluindo os tecnológicos.

Na última semana, participei de um evento da Opera em Portugal, onde, dentre outras coisas, foi revelado o primeiro teste oficial dos “operators”, ou “operadores”. Eles são autômatos de IA que navegam “sozinhos” na internet a partir de um comando seu. Você pode ler sobre essa revelação no link abaixo – e aguarde, pois em breve serão noticiados outros lançamentos dos navegadores da marca.

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O evento da Opera trouxe novidades para todos os navegadores da marca. (Imagem: Carlos Palmeira/TecMundo)

A viagem foi bastante tranquila, só que preciso confessar uma coisa: eu me preparei menos do que devia no quesito tecnologia. Apesar de não ter havido nenhuma intercorrência, algumas dicas básicas poderiam ter melhorado ainda mais minha experiência.

E vou falar para você, turista que visitará o país lusófono, coisas às quais você deve ficar atento para ter a melhor experiência possível de conectividade e pagamentos.

A internet móvel em Portugal é boa?

A viagem para Portugal foi a minha primeira em território europeu. Eu esperava realmente não ter nenhum tipo de problema com a internet local, já que em pesquisas breves não me deparei com relatos negativos sobre isso. E minhas expectativas foram confirmadas.

Eu passei pelas regiões de Lisboa, Sintra e Cascais, sendo que em todas elas a minha internet 4G/5G teve um ótimo sinal. Por conta da conveniência, eu optei pelo roaming internacional da minha operadora, que é a Vivo, e consegui conexão a partir do sinal de empresas locais como a Vodafone e a NOS.

O sinal de internet captado pelo meu celular foi bom até mesmo em regiões mais distantes do centro, como o caso de Colares, uma vila que faz parte do município de Sintra.

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Portugal oferece boa conexão de internet móvel mesmo fora da capital Lisboa. (Imagem: Carlos Palmeira/TecMundo)

Só que, apesar da ótima conexão, o saldo não saiu tão barato assim. Para utilizar o roaming internacional, eu fiz uma recarga de apenas R$ 15 para desbloquear um saldo anterior que eu já tinha. No total, cheguei em terras portuguesas com cerca de R$ 95 de recarga do meu plano pré-pago.

Três dias depois, já de volta ao Brasil, o meu saldo era de exatos R$ 29,01. Ou seja, essa brincadeira de roaming internacional me custou R$ 66 em apenas três dias de uso de internet móvel, o que dá R$ 22 por dia.

A partir de relatos de colegas jornalistas como a Joyce Macedo e algumas pesquisas na internet, descobri alternativas com melhor custo-benefício. Confira, a seguir, algumas sugestões de como utilizar internet móvel em Portugal:

Chip e-Sim

Os e-Sim são chips virtuais que dispensam a necessidade de você abrir a gaveta do seu celular e inserir manualmente um chip de operadora. Por serem ativados remotamente, eles servem como ótimas alternativas para quem não quer ou não pode ir presencialmente comprar um chip físico.

Em Portugal, há empresas como a Airalo que oferecem chips virtuais de graça com 500 MB. Essa é uma opção excelente para caso você vá ficar um ou dois dias no país e se comunique apenas por mensagem de texto no WhatsApp (sem baixar ou enviar nenhum vídeo ou imagens de alta qualidade), por exemplo.

A própria Airalo e outras companhias como Vodafone e Holafly vendem e-Sim a partir de 3 euros (cerca de R$ 22 na cotação atual) por 1 GB ou 6 euros (R$ 40) por 5 GB.

Chip SIM pré-pago

Os chips SIM pré-pagos são opções menos convenientes. Para adquirir um, é preciso ir até uma loja (ou qualquer outro posto de venda), comprar o chip físico, abrir seu celular e fazer a troca. Portanto, garanta levar sua chave para abrir a gaveta de chips (ou terá que pedir emprestado para alguém).

Especificamente em Portugal, você pode adquirir chips pré-pagos em operadoras como Vodafone, MEO e NOS. Os preços começam por volta dos 4,60 euros (R$ 30).

Wi-Fi públicos

Outra alternativa são os Wi-Fi gratuitos, que são muito comuns em praças, locais públicos e hotéis na grande Lisboa. Contudo, neste caso, você deve se atentar à sua segurança.

Utilizar uma VPN pode ser uma forma de se proteger contra agentes maliciosos. Outra questão essencial é não utilizar de jeito nenhum aplicativo de banco nessas redes.

Comprando coisas em Portugal

Outro aspecto importante para o viajante é se atentar sobre boas formas de pagamento. O Brasil dá aula nesse quesito, já que um meio eletrônico rápido e eficaz como o Pix está disponível em pouquíssimos países.

Se você vai visitar Portugal, o Pix não será uma opção, mas em compensação há o MB Way. Um incômodo é que ele só pode ser utilizado por pessoas que possuem um cartão de um banco português, o que torna um complicador para um estrangeiro que vai passar poucos dias viajando.

Dito isso, as opções acabam ficando resumidas em três: o tradicional dinheiro vivo, cartão de crédito internacional e serviços de pagamento como Wise ou Nomad.

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É comum que as lojas em Portugal não aceitem cartões, então é bom se preparar para andar com um pouco de dinheiro também. (Imagem: Carlos Palmeira/TecMundo)

Na minha passagem por Portugal, eu utilizei o cartão de crédito (opção ruim por causa do iOF) e app da Wise. Após abrir minha conta na Wise e converter reais brasileiros em euro, eu criei um cartão virtual e utilizei o NFC do celular para realizar pagamentos por aproximação em máquinas nas lojas.

É importante salientar, porém, que nem todas as lojas aceitam cartões de crédito pré-pago como o da Wise e Nomad. Alguns dos estabelecimentos por que passei, inclusive, só aceitavam esse meio de pagamento para transações acima de 5 ou 6 euros (R$ 33 e R$ 39).

Um lado positivo de utilizar serviços de pagamento é que as contas e os cartões virtuais são gratuitos. Além disso, as taxas de câmbio costumam ter um valor interessante.

Então, se você já sabe com antecedência a data da viagem, vale a pena ficar de olho na cotação do euro (ou outra moeda estrangeira) para garantir uma boa compra.

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É importante também você pesquisar quais itens você pode ou não levar na bagagem em voos internacionais. (Imagem: Carlos Palmeira/TecMundo)

E aí, você pretende viajar para fora ainda em 2025? O que achou das dicas? Acompanhe o TecMundo nas redes sociais para comentar sobre esse e outros assuntos!





Ceará Agora e Diário do Nordeste

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