O cearense Grupo Pague Menos, responsável por uma das maiores redes de farmácias do País, registrou, no primeiro trimestre de 2025, lucro bruto de R$ 1,04 bilhão. Esse valor é 15,2% superior ao indicador obtido no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 903,6 milhões.
“A execução comercial no trimestre foi direcionada à manutenção do elevado patamar de crescimento e geração de caixa, equilibrando competitividade em preços, otimização de estoques e prazo de pagamento em torno desse objetivo”, diz a companhia em apresentação ao mercado financeiro.
Os resultados foram divulgados na noite desta segunda-feira (5). Praticamente todos os destaques financeiros do Grupo Pague Menos obtiveram valorização entre janeiro e março deste ano em relação à igual período de 2024.
Houve alta também no segmento receita bruta (+17,2%, com R$ 3,62 bilhões) e reversão do prejuízo do primeiro trimestre de 2024 no segmento lucro líquido ajustado. O grupo fechou março com saldo positivo de R$ 13,1 milhões no indicador.
“Nos últimos doze meses, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 188,2 milhões, o que representa o maior nível de lucratividade desde o ano de 2021”, reforça a Pague Menos, que acumula crescimento financeiro nos quatro últimos balanços financeiros trimestrais.
O ponto alto deste primeiro trimestre ficou também pelo Ebtida (sigla em inglês para valores antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que registrou alta de 55,2% e saiu de R$ 96,9 milhões para R$ 150,3 milhões.
Segundo a empresa, isso é fruto “dos efeitos positivos gerados pela aceleração no crescimento de vendas e controle de despesas operacionais”. A companhia destaca ainda a questão “da captura de sinergias geradas pela aquisição da Extrafarma, que atingiram seu potencial mapeado” no quarto trimestre de 2024.
Número de lojas fica estável, enquanto clientes e funcionários aumentam
A Pague Menos encerrou o mês de março com 1.656 unidades no País, uma a mais do que o mesmo período de 2024. Foram sete inaugurações e seis encerramentos. Apesar disso, cresceu em 1,8% o número de funcionários da empresa, superando a marca dos 26,2 mil empregados. Nas lojas, são mais de 21,4 mil trabalhadores.
Em média, cada uma das farmácias vendeu mensalmente R$ 731 mil, alta de 16% na relação com os três primeiros meses do ano passado. O ticket médio foi de R$ 89,20, e o grupo encerrou o primeiro trimestre com 21,7 milhões de clientes, aumento de 3,7%.
A maior parte das lojas da Pague Menos e da Extrafarma estão concentradas no Nordeste, sobretudo no Ceará, sede da empresa. São 284 unidades no Estado, mais do que a quantidade de toda a região Norte (244) e Sudeste (234).
“Nossa rede totaliza 1.656 pontos de venda, atingindo a marca de 400 municípios em todo o país. O perfil das novas lojas segue predominantemente popular, com aproximadamente 90% localizadas em áreas com renda média de classes sociais B2/C/D”, pondera o grupo.
Investimentos nas lojas mais do que dobram em um ano
A performance da empresa foi um ponto destaque no início de 2025, principalmente por colher “frutos das iniciativas implementadas ao longo de 2024, em especial àquelas relacionas às ‘missões operacionais’, que concentraram esforços nas áreas de atendimento, manutenção, precificação, processos, suporte às lojas e estabilidade de TI”.
A crescente eficiência operacional passa a ser percebida pelos clientes, resultando em aumento na frequência de compra, ticket médio e fidelização. Destacamos ainda a assertividade em nossa execução comercial, combinando ações de precificação e parcelamento mais competitivas”, define.
De olho em novas lojas, reformas de unidades e também conversões de antigas farmácias com a bandeira Extrafarma, a Pague Menos cresceu o volume de investimentos em 129%, saltando de R$ 12 milhões para R$ 27,6 milhões.
“O maior nível de investimentos está relacionado à gradual aceleração no plano de expansão orgânica e maior volume de reformas e conversões de bandeira”, explica o grupo.