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O “voto de Minerva” no Carf pode custar R$ 1,1 bilhão à Multilaser

O "voto de Minerva" no Carf pode custar R$ 1,1 bilhão à Multilaser


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As ações da Multilaser caíram 6,93% após a empresa divulgar decisões desfavoráveis em três processos fiscais no Carf, totalizando cerca de R$ 1,1 bilhão. O voto de desempate foi contrário à companhia, que seguirá avaliando medidas jurídicas. Não houve alteração na classificação das contingências, consideradas de perda “possível”.

No 2º trimestre, a Multilaser teve lucro líquido de R$ 19,8 milhões, revertendo prejuízo do ano anterior, receita líquida de R$ 929,7 milhões (+5,1% anual), Ebitda de R$ 30,8 milhões (+3,6%) e redução da dívida líquida para R$ 157,9 milhões. Recentemente, vendeu sua unidade de pets por R$ 15 milhões e captou até R$ 294,1 milhões do BNDES para digitalização e integração de processos industriais.

* Resumo gerado por inteligência artificial e revisado pelos jornalistas do NeoFeed

Depois de abrir as negociações na B3 em queda de 4% na quinta-feira, 16 de outubro, as ações do grupo Multilaser recuavam quase 7% por volta do meio-dia, cotadas a R$ 0,93. No ano, os papéis têm queda de 12,2%, com a companhia de eletroeletrônicos avaliada em R$ 758,9 milhões.

Uma má notícia divulgada pela empresa antes da abertura do mercado ajuda a explicar essa derrapada. Em fato relevante, o grupo anunciou que teve decisões desfavoráveis em três processos administrativos fiscais no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que somam cerca de R$ 1,1 bilhão.

Realizado na quarta-feira, 15 de outubro, o julgamento foi encerrado com três votos favoráveis e três votos desfavoráveis à companhia. O “voto de Minerva” é contra a empresa e foi dado pelo presidente da turma.

“A companhia continuará a tomar todas as medidas necessárias à defesa de seus direitos, o que fará mediante avaliação do inteiro teor da decisão em conjunto com seus advogados, tão logo divulgada”, afirmou o grupo.

A empresa acrescentou que não há, neste momento, alteração no prognóstico de perda para essas contingências, que seguem classificadas como de perda “possível”. Em seu balanço do segundo trimestre, a Multilaser reportou uma provisão para riscos processuais, cíveis e fiscais de R$ 13,1 milhões.

Em outros números do período, a empresa apurou um lucro líquido de R$ 19,8 milhões, o que representou uma reversão frente ao prejuízo de R$ 52,2 milhões registrado no mesmo intervalo, um ano antes. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, porém, houve uma queda de 649%.

Entre abril e junho, a receita líquida foi de R$ 929,7 milhões, um avanço de 5,1%, em base anual. Já o Ebitda teve alta de 3,6%, para R$ 30,8 milhões. Já a dívida líquida recuou de R$ 313,7 milhões, um ano antes, para R$ 157,9 milhões.

Mais recentemente, a Multilaser tem feito alguns movimentos para melhorar sua estrutura de capital. No início de outubro, a companhia, conhecida por ser a empresa que “vende de tudo”, anunciou a venda de sua unidade de negócios de pets, para o Grupo Bun, por R$ 15 milhões.

O grupo ressaltou que a venda da unidade, que teve origem na aquisição da Expet, em 2021, foi um movimento estratégico de otimização do seu portfólio, em linha com seu foco de alocação de capital e direcionamento de recursos para as demais unidades de negócio que compõem sua operação.

Um dia depois de divulgar essa transação, a Multilaser anunciou a captação de até R$ 294,1 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do programa “BNDES Mais Inovação”.

Segundo a empresa, o financiamento teve como racional o projeto de digitalização e integração de processos e sistemas em suas fábricas instaladas em Manaus (AM) e Extrema (MG). E reforçou sua busca pela redução do custo de capital, ao mesmo tempo em que investe em inovação e modernização.



Ceará Agora e Diário do Nordeste

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