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Por que a taxa de desemprego é a menor dos últimos quatro anos no Ceará – Negócios

Por que a taxa de desemprego é a menor dos últimos quatro anos no Ceará - Negócios

Políticas educacionais como o programa Pé de Meia, ao frearem o desalento e, somadas ao aquecimento de setores como a construção civil, o agronegócio e a indústria, fizeram o Ceará registrar a menor taxa de desemprego dos últimos quatro anos, segundo análise de fontes especializadas.

A redução foi de 11,1% em 2021 para 6,5% em 2024, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Legenda:
Veja como ficou a taxa de desocupação nos últimos anos, conforme o IBGE

Foto:
Reprodução IBGE

Atualmente, 3,6 milhões de pessoas estão trabalhando no Estado. Por outro lado, 256 mil estão em busca de emprego, uma queda de 27,1% frente ao mesmo período de 2023, quando 351 mil estavam nessa situação. 

Por que o desemprego caiu no Ceará 

CTPS

Legenda:
Registro empregatício na Carteira de Trabalho é obrigatório para trabalhadores que atuam no regime celetista

Foto:
Camila Lima/Arquivo Diário do Nordeste

Para o economista e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), Ricardo Coimbra, o crescimento da economia regional acima da nacional proporcionou uma melhor ambiência para o mercado de trabalho.

Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou o 3º trimestre com alta de 6,67% na comparação com o mesmo período de 2023, puxado principalmente pelos bons índices na agropecuária e na indústria.

Como destacou Coimbra, o resultado foi superior à média nacional, que registrou um aumento de 4% na soma de todas as riquezas produzidas no País, também em relação com igual período do ano anterior. 

“O aumento da geração de empregos em uma atividade econômica, em todos os setores mais ativos, tem potencializado a diminuição do número de desocupados”, avalia. 

O secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana, enfatiza que os setores da construção civil, da agricultura e da pecuária contribuíram para um ambiente mais favorável.

“O resultado de 6,5% reflete uma tendência de queda permanente. Destacamos a queda de 27% na população desocupada também porque temos a redução do desalento por conta de políticas públicas educacionais, como o Pé de Meia, fazendo com que jovens consigam se dedicar exclusivamente aos estudos”, diz. 

Com informalidade em alta, a renda do cearense permanece baixa 

Legenda:
Alta informalidade gera redução de renda e precarização por falta de benefícios, como FGTS e Previdência Social.

Foto:
Natinho Rodrigues

Apesar dos resultados, 1,9 milhão de pessoas não têm a carteira assinada no Ceará, resultando numa taxa de informalidade de 53,3% da população cearense ocupada. Entre os empregados do setor privado, o percentual com carteira assinada foi de 56,9%.

Já o percentual da população ocupada trabalhando por conta própria soma 29,5%. Nesse contexto, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.158, apresentando estabilidade em relação ao terceiro trimestre de 2024 (R$ 2.126), e também na comparação com o quarto trimestre de 2023 (R$ 2.099).

Para o secretário do trabalho, o elevado índice de informalidade impacta diretamente nesses resultados. Por isso, aponta, a pasta acredita que, por meio de uma comunicação mais eficaz, seja possível harmonizar as políticas de proteção e transferência de renda com a criação de vínculos formais. 

O secretário salienta ainda que os fatores regionais também exercem influência, podendo gerar disparidades salariais para o exercício de determinadas funções.

Já Coimbra acrescenta que campanhas de formalização mostrando as garantias sociais desse ato podem contribuir para o aumento de pessoas empregadas com carteira assinada, entre outras medidas.

Em relação à renda média, ele acredita também ocorrer devido à falta de disputa por vagas em alguns setores, mesmo com a queda da taxa de desemprego. 

Espera-se que, nos próximos ciclos, com a taxa de desemprego atingindo patamares mais baixos, haja maior disputa pela força de trabalho, resultando em melhoria do nível médio da renda, com crescimento acima da inflação e maior potencial de expansão em relação aos ciclos anteriores”, analisa. 


Ricardo Coimbra

Economista e professor da Unifor

Brasil também teve resultado positivo 

Uma movimentada rua da cidade, repleta de pessoas caminhando em diversas direções. A cena retrata a dinâmica da vida urbana com um grande fluxo de pedestres e veículos.

Legenda:
Atualmente, 6,8 milhões de pessoas estão em busca de emprego no país.

Foto:
Paulo Pinto/Agência Brasil

No Brasil, a taxa de desocupação no Brasil alcançou 6,1%, marcando uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao período de junho a agosto, quando o índice estava em 6,6%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse é o menor nível registrado pela Pnad Contínua desde o início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012. O recorde de baixa no nível de ocupação foi atingido nas seguintes localidades:

  • Rio Grande do Norte (8,5%)
  • Amazonas (8,4%)
  • Amapá (8,3%)
  • Alagoas (7,6%)
  • Maranhão (7,1%)
  • Ceará (6,5%)
  • Acre (6,4%)
  • São Paulo (6,2%)
  • Tocantins (5,5%)
  • Minas Gerais (5%)
  • Espírito Santo (3,9%)
  • Mato Grosso do Sul (3,9%)
  • Santa Catarina (2,9%)
  • Mato Grosso (2,6%). 

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