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Por que Trump aposta no banqueiro dos ‘IPOs do Vale do Silício’ para atrair investimentos para os EUA

Por que Trump aposta no banqueiro dos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi buscar em Wall Street um nome experiente para ajudar a acelerar empresas nacionais e estrangeiras que mais investem no país. Michael Grimes, que durante 30 anos foi uma das principais lideranças do Morgan Stanley, agora está à frente do recém-criado US Investiment Accelerator, um facilitador de investimentos no mercado americano.

O objetivo principal da aceleradora é reduzir os processos regulatórios americanos para empresas que investem mais de US$ 1 bilhão nos Estados Unidos. A ação principal de Grimes no órgão será implementar essa linha direta para diminuir a burocracia, acelerar licenciamentos e coordenar respostas rápidas a esses investidores sobre questões ligadas a agências federais.

Ainda que, no papel, o novo escritório não tenha uma função de investidora, o trabalho desenvolvido pelo ex-banqueiro, conhecido por ser um dos principais geradores de IPOs de companhias oriundas do Vale do Silício, será parecido ao que exercia no Morgan Stanley.

Quando as companhias decidem abrir o capital, uma das principais iniciativas é conversar com potenciais investidores para garantir o sucesso da empreitada. E são justamente banqueiros de investimentos, como Grimes, que ajudam as empresas nessas missões, com argumentos claros para justificar o IPO e com apresentações para gestores de fundos de investimentos.

O decreto que criou o órgão governamental, que integra o Departamento de Comércio americano, foi assinado por Trump no fim de março.

O acelerador de investimentos dos EUA, que não será voltado apenas para empresas de tecnologia, ficará encarregado de administrar e supervisionar a implementação de Lei de Chips, aprovada na gestão de Joe Biden, criada para fornecer financiamentos e incentivos para a expansão da capacidade produtiva de semicondutores nos Estados Unidos.

Grimes foi convencido a ingressar no governo Trump, em parte, por sua proximidade com o bilionário Elon Musk, um apoiador de longa data do republicano, desde as prévias americanas, e hoje diretor do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), ainda que em um processo anunciado de desligamento.

Segundo o Wall Street Journal, Grimes chegou a dizer a alguns clientes, antes de assumir um posto na Casa Branca, que iria trabalhar justamente no Departamento liderado por Musk. De qualquer forma, desde que entrou no governo, o ex-banqueiro do Morgan Stanley tem contribuído no trabalho de corte de gastos na gestão americana.

Grimes esteve à frente dos IPOs de gigantes da tecnologia como Meta, Uber, Google, e Airbnb. Ele, que chegou a trabalhar como motorista de Uber, atraiu a empresa para realizar o processo de oferta pública inicial de ações em 2019, sob liderança do Morgan Stanley.

O executivo aconselhou Musk no processo de aquisição da plataforma Twitter (hoje X), por US$ 44 bilhões, em 2022. Ele também colaborou com o empreendedor nos negócios da montadora de carros elétricos Tesla, que realizou o IPO em 2010.

Com formação em engenharia de computação, Grimes começou a atuar no Morgan Stanley durante a década de 1990, sob liderança do banqueiro Frank Quattrone. Quando ele saiu para o Deutsche Bank, em 1996, Grimes permaneceu e fez história no processo de crescimento das principais empresas de tecnologia.

Grimes foi nomeado, em 2010, como uma das “50 pessoas mais inteligentes em tecnologia” pela revista Fortune. Em 2002, entrou pela primeira vez na Lista Midas da Forbes, ranking dos melhores investidores de capital de risco do mundo. Entre 2004 e 2007, ocupou o primeiro lugar do ranking global.

Durante muito tempo ele foi cortejado por outros bancos, pela sua capacidade de visão de oportunidades para empresas, mas permaneceu no Morgan Stanley até aceitar o convite de Donald Trump.



Ceará Agora e Diário do Nordeste

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