Existem algumas franquias que sempre serão sinônimos do que a gente pensa quando se fala em videogames. Considerando que há aquele desejo de colocar Doom em qualquer coisa que tenha uma tela, eu acho que dá para dizer que essa é uma das séries que já alcançou esse status.
Então não é de se surpreender que a gente sempre tenha vontade de ver novos títulos da franquia chegando às novas gerações, o que é exatamente o caso de Doom: The Dark Ages. O jogo chega aos consoles, PC e Game Pass em 14 de maio, mas eu tive a oportunidade de jogá-lo de forma antecipada para te contar tudo o que achei.
Então, se estiver curioso sobre o jogo, é só conferir minhas impressões completas nesta análise!
“Jogando só pela história”

Eu imagino que devem existir muitos fãs que realmente amam todo o lore e história de Doom, mas temos que concordar que esse é o elemento secundário quando se fala dessa franquia. Doom: The Dark Ages funciona como um prequel para o Doom e Doom Eternal, mas a verdade é que você não precisa ter jogado nenhum desses jogos para aproveitar o título inédito. Mesmo que os tenha jogado, eu não acho que isso faça tanta diferença.
Em muitos momentos, eu senti que a trama de The Dark Ages ficou meio mal explicada e sem relacionar tanto alguns fatores com os games que funcionam como suas sequências. Ainda assim, eu mal consigo ver isso como um ponto negativo exatamente por não ligar tanto para a história de Doom, já que sempre acabo focando muito mais no gameplay frenético e na matança de demônios.
Você não precisa ter jogado nenhum dos jogos anteriores para aproveitar DOOM The Dark Ages.
O lado positivo é o mesmo que você também não ligue tanto assim em prestar atenção na trama de The Dark Ages, ainda poderá desfrutar de cutscenes muito legais que ocorrem ao longo de cada um dos capítulos do jogo. Outro ponto que merece ser mencionado é que além de ter todo o texto localizado em português, o game também conta uma dublagem de altíssima qualidade em nosso idioma.
Um escudo para todos governar
Partindo para o que interessa a maioria dos jogadores, é claro que temos que falar do gameplay de Doom: The Dark Ages. Se fosse para resumir, dá para dizer que é aquela experiência que você já espera de todo game da franquia. Você passará por vários capítulos, cada um te levando para cenários diferentes, apresentando novos inimigos e disponibilizando novas armas e mecânicas. A ação continua frenética e acompanhada por uma trilha sonora incrível que só aumenta sua vontade de caçar os demônios.
Só que é claro que The Dark Ages não é só mais um Doom, até porque como seu nome sugere, ele decide abraçar a temática medieval em todos os aspectos possíveis. Isso é demonstrado de diversas maneiras durante o game, mas a verdade é que você acaba percebendo isso muito mais com as suas armas e mecânicas. Obviamente, você tem a clássica escopeta e as finalizações corpo a corpo tradicionais, mas não demora para que designs mais únicos apareçam em nosso caminho.

Eu não vou mencionar todas as armas, mas tenho que falar que achei perfeito o conceito do mangual e do escudo para essa temática, além deles oferecerem uma variação legal no gameplay em relação aos jogos anteriores. O escudo é provavelmente o que você mais vai usar, já que ele é muito versátil e pode ser usado para bem mais do que apenas uma forma de defesa.
O que pode incomodar é que nem todas as armas parecem ter um uso tão necessário, algo que era mais explorado em Doom Eternal, por exemplo. No geral, você só precisará de uma das armas e do escudo para derrotar a maior parte dos inimigos sem pensar muito. Esse até pode ser um ponto positivo para quem só quer focar no gameplay frenético e não contar com exigências, mas acredito que era divertido ter que usar armas diferentes dependendo da situação.
No geral, você só precisará de uma das armas e do escudo para derrotar a maior parte dos inimigos sem pensar muito.
Com The Dark Ages, eu quase nunca me preocupava muito com que arma estava equipada e escolhia apenas o que eu já tinha aprimorado mais. Com isso, a Superescopeta e o Ciclador acabaram se tornando os protagonistas da maior parte da minha campanha e eu tive que forçar a dar uma variada nas armas para experimentar um pouco de tudo para o review.
Em busca dos segredos
Falando em aprimoramentos, você contará com diversas possibilidades de upgrades para todas as suas armas, desde coisas mais simples até personalizações interessantes mais tarde. O sistema é simples, mas é eficaz e você não precisa ficar se prendendo tanto a quanto de ouro está gastando nos primeiros aprimoramentos, especialmente se também gosta de explorar o cenário em busca de segredos.
Inclusive, sair pelo mapa explorando e procurando as coisas secretas continuam sendo uma das minhas partes favoritas de Doom. Você sempre consegue olhar o mapa e ver mais ou menos onde dá para encontrar algo escondido, mas a solução nem sempre é tão óbvia e pode exigir um tempinho extra do jogador. Felizmente, resolver esses pequenos puzzles é sempre recompensador e vale muito a pena.
Agora também há três desafios diferentes em cada capítulo, algo totalmente opcional, mas que funciona bem para te dar um senso de objetivo diferente de só sair matando tudo o que vê pela frente. Como dá para imaginar, fazer tudo isso aumenta a duração do game, cuja campanha pode ser zerada em menos de 20 horas se você não fizer 100% de cada um dos capítulos.

É claro que a duração do game também pode ser diferente dependendo da dificuldade que você escolher. Além dos tradicionais níveis de dificuldade que sempre existiram na franquia, você ainda tem opções extras para customizar a sua experiência. Eu acho que isso é algo bem interessante e dá muito mais liberdade para o jogador que talvez só queira mudar um ou dois elementos do game. Se achar que o game te dá muitos recursos o tempo, por exemplo, basta ajustar isso nas opções e deixar sua munição, saúde e escudo mais escassos.
Performance
Para ficar claro, eu joguei o game no PlayStation 5 durante esse acesso antecipado e ele rodou sem problemas de performance e sem apresentar bugs durante toda a campanha. Felizmente, a nossa equipe também teve a chance de testar Doom: The Dark Ages no PC, com uma cópia antecipada cedida pela Nvidia. A versão de PC chega equipada com diversas tecnologias de ponta, incluindo geração de quadros, DLSS 4.0 e Path Tracing.
O jogo rodou na poderosa Geforce RTX 5080 e, como esperado, tudo funcionou bem, com belos gráficos e altas taxas de quadros. Além disso, os presets do game estavam bem otimizados: até mesmo as configurações visuais mais baixas entregavam um visual aceitável para o gameplay.

Nós só tivemos problemas com o game rodando em GPUs AMD no período de pré-lançamento, mas é possível que isso tenha acontecido por causa da ausência de um driver otimizado para as GPUs Radeon. Se quiser, você pode conferir mais detalhes técnicos e benchmarks de DOOM The Dark Ages na nossa review técnica lá no site.
Vale a pena?
Dá para dizer que Doom: The Dark Ages é exatamente o que esperamos da franquia em muitas maneiras. Mesmo que ele não tenha exatamente o mesmo nível de profundidade de Doom Eternal em alguns aspectos de gameplay, eu achei que a aposta da temática medieval acabou equilibrando isso de certa forma.
Doom: The Dark Ages é exatamente o que esperamos da franquia em muitas maneiras.
Se você gosta de uma experiência mais simples, mas que ainda conta com mecânicas de combate bem divertidas, não há motivo para não dar uma chance ao novo título. Caso prefira ver algo mais complexo, talvez haja alguns elementos aqui que te incomodem, mas nada tão sério que tire seu proveito. A verdade é que no fim do dia, Doom: The Dark Ages ainda é Doom e é simplesmente muito difícil de não se divertir abrindo e rasgando dezenas de demônios com a música no volume máximo.

Nota do Voxel: 88
DOOM The Dark Ages será lançado em 14 de maio no PC, PS5 e Xbox Series S e X, estreando diretamente no Xbox Game Pass. Uma key de PS5 do game foi cedida pela Bethesda Brasil para a realização da review, enquanto uma chave de PC foi fornecida pela Nvidia para testes no computador.
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