Um PDF de 37 páginas com conversas vazadas de um grupo de WhatsApp entre membros de uma assessoria esportiva causou repercussão entre atletas amadores e profissionais de Fortaleza. O conteúdo expõe comentários considerados machistas, transfóbicos e gordofóbicos feitos por quatro pessoas: um treinador, dois médicos e uma triatleta, com registros datados de dezembro de 2024 a junho de 2025.
As mensagens criticam a aparência física e o desempenho de atletas da capital cearense, além de envolverem feedbacks de alunos e pacientes que viraram alvo de piadas. Há também ataques a marcas patrocinadoras. O vazamento gerou indignação em outros grupos de corrida e mobilizou reações nas redes sociais, incluindo pedidos de desculpas e manifestações públicas de pessoas citadas no conteúdo.
Especialistas ouvidos pela reportagem alertam que, apesar do teor ofensivo das mensagens, a divulgação do conteúdo também pode configurar crime, devido à exposição de dados pessoais e à quebra de sigilo. Tanto os autores das mensagens quanto quem vazou ou compartilhou o material podem ser responsabilizados civil, criminal e eticamente, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Código Penal.
A triatleta envolvida no caso publicou nota afirmando que suas falas foram retiradas de contexto e reconheceu o erro. Os outros envolvidos ainda não se manifestaram. O espaço segue aberto para posicionamentos.