O curso de Biomedicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi o que teve o maior número de inscritos entre todos os ofertados no Brasil no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2025. Ao todo, foram 1.568 candidatos para as 6 vagas ofertadas pela instituição no seu campus Centro Politécnico. Assim, a concorrência foi de mais de 261 candidatos por vaga.
No segundo e terceiro lugares, aparecem cursos de Medicina: o da Universidade Estadual de Maringá (PR) teve 1.032 inscritos para 4 vagas, o que leva à concorrência de 258 candidatos por vaga; já o da Universidade Federal de São Carlos (SP), ofereceu 40 vagas e teve 8.717 inscrições, apresentando a concorrência de quase 218 pessoas por vaga.
Os dados foram fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) ao Diário do Nordeste. Na lista dos 20 cursos com maior concorrência nesta edição do Sisu, ainda é possível encontrar, nas áreas ligadas à educação, Pedagogia e Letras – Português. Na área de exatas há cursos de Sistemas de Informação, Engenharia de Software e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Em penúltimo lugar, entre os 20 mais procurados do Brasil, aparece o curso de Direito da Universidade Estadual de Londrina (PR).
Já a área da saúde é a que apresenta mais cursos com Ciências Biológicas, Fisioterapia e Psicologia, além da Biomedicina e Medicina. Da lista dos 20 mais procurados, 13 são destas formações, sendo que 6 são de Medicina.
Veja Ranking:
- UFPR (PR) – Biomedicina
- UEM (PR) – Medicina
- UFSCAR (SP) – Medicina
- UFRA (PA) – Pedagogia
- IFSP (SP) – Análise e Desenvolvimento de Sistemas
- UFPR (PR) – Fisioterapia
- UEM (PR) – Biomedicina
- UTFPR (PR) – Engenharia de Software
- UFRR (RR) – Medicina
- UFPR (PR) – Medicina
- UFRA (PA) – Computação
- UFRA (PA) – Sistemas de Informação
- UNIMONTES (MG) – Medicina
- UFPR (PR) – Psicologia
- UFRA (PA) – Letras – Português
- UFERSA (RN) – Medicina
- UNIFESP (SP) – Psicologia
- UEMG (MG) – Psicologia
- UEL (PR) – Direitos
- UFRA (PA) – Ciências Biológicas
No Nordeste, apenas o curso de Medicina da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, no Rio Grande do Norte aparece neste ranking, com 6 mil inscritos para 45 vagas, o que leva a concorrência para mais de 133 candidatos por vaga.
Como foi no Ceará
No Ceará, o curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi o que teve a maior procura entre todos os ofertados no Sisu 2025. Ao todo, foram 5.876 candidatos para as 160 vagas ofertadas pela instituição — levando a uma concorrência de 37 candidatos por vaga. Em seguida estão outros dois cursos da UFC: Psicologia, com 3.760 concorrentes, e Educação Física, com 3.604.
As graduações em Medicina ofertadas pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), em Barbalha, e pela Federal do Ceará em Sobral também se destacaram entre as 10 mais procuradas.
Aprovados no Brasil
Em todo o Brasil, o processo seletivo contou com 1.310.781 candidatos concorrendo a 261.779 vagas, registrando um aumento de 3% no número de inscritos em relação a 2024. Segundo o MEC, “o Sisu 2025 alcançou um novo patamar de eficiência” pela implementação da regra de remanejamento prevista na Lei de Cotas.
Com essa regra, se não houver candidatos suficientes para as vagas reservadas pelo sistema de cotas, as remanescentes são redistribuídas inicialmente entre os próprios cotistas, obedecendo a ordem estabelecida na Lei. Caso, após essa etapa, ainda haja vagas não preenchidas, elas são destinadas automaticamente à ampla concorrência.
“Essa mudança permitiu que vagas que seriam ocupadas por meio da lista de espera fossem preenchidas ainda na chamada regular. Como resultado, 17.337 estudantes a mais foram aprovados, graças ao remanejamento. Com a alteração, cresceu a taxa de ocupação, que é a relação entre aprovados e a quantidade de vagas. Neste ano, a taxa registrada foi de 97,4%. No ano anterior, havia sido de 90,8%”, informou o MEC.
Essa priorização das vagas reservadas remanescentes entre as outras subcotas foi estabelecida com a Lei 14.723, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em novembro de 2023, alterou a Lei de Cotas de 2012.
De acordo com o texto, no caso de não preenchimento das vagas, elas devem ser destinadas, primeiramente, a autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas ou a pessoas com deficiência. Posteriormente, completadas por estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública.
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